A Grande Área Metropolitana de Lisboa tinha, em 2011, cerca de 2,8M de habitantes, o que perfaz mais de um quarto da população nacional. Apesar de infelizmente às vezes parecer, Portugal não é considerado apenas Lisboa.
E estamos a falar de 2,8M. O que dizer, então, de menos de 2M, ou seja, menos de 1 em cada 5 portugueses? Será que esses representam a vontade de todos os portugueses? Como é possível alegar-se que se tem legitimidade para governar, se, por exemplo e estatisticamente, se estiver com os meus pais e irmãos à mesa apenas um de nós querer a coligação PàF a governar o país? Sim, muito do resto votou por protesto e não votou numa coligação (a mesma palavra) à Esquerda, sem dúvida. Agora, de certeza absoluta que não votou no PàF, e isto parece-me bastante fácil de perceber.
Porque ter sede de poder não é coligar-se com outros partidos para poder ser Primeiro-Ministro - apesar de, neste caso, estarmos a falar da pessoa que menos queria ver nesse cargo. Ter sede de poder é, sim, anunciar uma demissão irrevogável para poder chegar ao cargo de vice-PM. E estamos a falar de um homem que também atacou o chefe do Partido com que se coligou depois das eleições de 2011 (wow, outra semelhança!) antes das mesmas terem lugar.
É que sim, quem "ganhou" as eleições foi o PàF. Mas lá está, "ganhou". Porque a maioria parlamentar não é nem do PSD, nem do CDS - sim, dois partidos, não um - e, como tal e por via DEMOCRÁTICA, foi hoje aprovada uma moção de rejeição ao governo. O povo elegeu deputados para a Assembleia, para os representarem, e os mesmos recusarem um governo no qual apenas 20% do povo votou. Se isto não for democrático, então não sei o que é.
Uma vez mais, se eu quero o António Costa como Primeiro-Ministro? Zero. Mas a Esquerda também tem o direito (boa antítese) a coligar-se, ao contrário do que o nosso Presidente da República acha. E se queremos mudar alguma coisa, não é com os mesmos partidos de sempre que isso acontecerá. Porque até o PAN votou a favor da moção, e que eu saiba eles mantêm-se na sua ideia de que a águia não devia de poder voar na Luz (ou pelo menos até a verem, que aquilo é lindo e não é certamente o principal problema do país).
Como disse o Rui Tavares na altura - daí, em parte, ter votado nele - e ninguém lhe ligou nenhuma, a Esquerda devia de ter chegado a acordos logo antes das eleições e evitar esta palhaçada. Não o fez, vem fazer agora e parecer que sai à pressão, mas é assim que o sistema funciona e acho que merece esta oportunidade. Teremos eleições presidenciais daqui a meses, portanto, deixemos o Marcelo depois decidir o que fazer. Se o PàF for assim tão legítimo, certamente que terá maioria absoluta num próximo sufrágio.
E estamos a falar de 2,8M. O que dizer, então, de menos de 2M, ou seja, menos de 1 em cada 5 portugueses? Será que esses representam a vontade de todos os portugueses? Como é possível alegar-se que se tem legitimidade para governar, se, por exemplo e estatisticamente, se estiver com os meus pais e irmãos à mesa apenas um de nós querer a coligação PàF a governar o país? Sim, muito do resto votou por protesto e não votou numa coligação (a mesma palavra) à Esquerda, sem dúvida. Agora, de certeza absoluta que não votou no PàF, e isto parece-me bastante fácil de perceber.
Porque ter sede de poder não é coligar-se com outros partidos para poder ser Primeiro-Ministro - apesar de, neste caso, estarmos a falar da pessoa que menos queria ver nesse cargo. Ter sede de poder é, sim, anunciar uma demissão irrevogável para poder chegar ao cargo de vice-PM. E estamos a falar de um homem que também atacou o chefe do Partido com que se coligou depois das eleições de 2011 (wow, outra semelhança!) antes das mesmas terem lugar.
É que sim, quem "ganhou" as eleições foi o PàF. Mas lá está, "ganhou". Porque a maioria parlamentar não é nem do PSD, nem do CDS - sim, dois partidos, não um - e, como tal e por via DEMOCRÁTICA, foi hoje aprovada uma moção de rejeição ao governo. O povo elegeu deputados para a Assembleia, para os representarem, e os mesmos recusarem um governo no qual apenas 20% do povo votou. Se isto não for democrático, então não sei o que é.
Uma vez mais, se eu quero o António Costa como Primeiro-Ministro? Zero. Mas a Esquerda também tem o direito (boa antítese) a coligar-se, ao contrário do que o nosso Presidente da República acha. E se queremos mudar alguma coisa, não é com os mesmos partidos de sempre que isso acontecerá. Porque até o PAN votou a favor da moção, e que eu saiba eles mantêm-se na sua ideia de que a águia não devia de poder voar na Luz (ou pelo menos até a verem, que aquilo é lindo e não é certamente o principal problema do país).
Como disse o Rui Tavares na altura - daí, em parte, ter votado nele - e ninguém lhe ligou nenhuma, a Esquerda devia de ter chegado a acordos logo antes das eleições e evitar esta palhaçada. Não o fez, vem fazer agora e parecer que sai à pressão, mas é assim que o sistema funciona e acho que merece esta oportunidade. Teremos eleições presidenciais daqui a meses, portanto, deixemos o Marcelo depois decidir o que fazer. Se o PàF for assim tão legítimo, certamente que terá maioria absoluta num próximo sufrágio.
Pedro Mendes
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