Adivinharam: estou bué cansado. Hoje estive em Ghent pela segunda vez desde que cá estou, após ter ido lá há três semanas para basicamente não fazer nada de especial, e isto após termos ido sair ontem, e anteontem, e portanto o sono não andar a ser muito.
Ando a gastar cada vez menos dinheiro por semana, o que é bom, e a sair também. Porém, a motivação para estudar continua onde tem estado desde o início do mestrado: em todo o lado, menos na minha cabeça. Isso por um lado deve-se, ainda, a esta fase inicial do semestre e, ao fim deste tempo todo, já desisti de me tentar enganar a mim mesmo: pura e simplesmente, não tenho um método de estudo. E poderia fazer por o adquirir, mas as coisas têm corrido bem, pelo que não vejo interesse em fazê-lo; no fundo, acho que as vezes em que me sinto mal por não estudar não é por ter necessidade de tal, mas por causa da pressão social à minha volta. De qualquer modo, já tenho o horário totalmente definido, pelo que já posso, finalmente, definir, pelo menos, uma rotina mais estável.
Para voltar cá a Bruxelas é que enfim, vou voltar no dia 9 de janeiro pois fica-me a um terço do preço que vir antes. Olha, a época de exames é que só começa nesse dia, e o seu calendário será anunciado apenas no final de Novembro... Esperar até essa altura é levar a que os preços subam imenso, e em três semanas, ter um exame logo no primeiro dia não é assim tão provável. E se for, bem, a diplomacia portuguesa tem estado bastante reputada nos últimos tempos e portanto seria altura de a pôr em prática.
Já a cidade onde estive hoje, Ghent, é engraçada, tem monumentos e história, um canal no meio para se estar e esteve bom tempo. Depois disto, irei ainda a Antuérpia, para o European Open, na semana de 17, e provavelmente a Ljubljiana com a Mireia no final de novembro; uma amiga dela dá-nos casa e temos viagens a 40€, ir e vir, portanto acho que é de aproveitar. Nos meus anos e na semana seguinte é que ainda não sei o que fazer, pois ir a Amesterdão por 140€ para uma mega festa de Halloween e duas noites e depois à Escandinávia, como o pessoal quer fazer, é algo que ainda fica caro. Provavelmente terei de optar, e prefiro ir passear.
Quanto a línguas, já estou nos cursos de Francês e Holandês. O primeiro é bastante interativo, o professor é bacano - acabei há bocado a expressão escrita que ele tinha pedido até sexta, mas ya, não deu para fazer antes -, e o segundo é com um holandês que acha a língua dele a melhor coisa do mundo. E na verdade o neerlandês é relativamente simples, pois é essencialmente vocabulário alemão em gramática inglesa; a pronúncia é que é mesmo estranha, preciso de prática. Estou, ainda, num tamdem, uma atividade que consiste em conhecer alguém que fale uma língua que eu queira aprender e, assim, trocar conhecimentos. A minha parceira é a Martina, uma italiana que quer aprender português e fala alemão, a próxima língua que quero saber; porém, até agora, ela fala bem melhor a minha (nossa) língua que eu a dos germânicos - e a dela também. Acho que, pelo menos durante outubro, enquanto ainda estou no holandês, vou deixar isto unilateral e "apenas" ajudá-la com o português, porque senão acabo por me baralhar todo e não aprendo nem neerlandês, nem alemão como deve ser. Ah, e do que percebi, o atual neerlandês é a mistura dos chamados flamengo e holandês, portanto é tudo a mesma língua.
Ora bem, vou dormir. Um bem-haja.
Pedro Mendes
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