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segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Bruxelas - Semanas 5 e 6

Olá! Eu sei, eu sei, além de estar atrasado uma semana, hoje já é domingo e como tal esta publicação devia ter saído ontem. Porém, tenho razões válidas para isso, que passarei a explicar em breve.

A semana cinco não foi, de facto, nada de especial; aulas sem perceber nada porque a Física é complicada e a minha paciência para a esgotar já está perto do fim - apesar de que o irei fazer, como é óbvio -, jogar voleibol, aprender holandês e, chegar a sexta-feira e saber que não terei direito a bolsa de Erasmus+. Agora, um mês depois de ter vindo e mais de três de ter aceitado a vaga.

Se o critério é a média, não posso fazer nada quanto a isso, pois é bastante objetivo. Agora, essa é a pior maneira de assegurar uma justa distribuição do dinheiro relativo às bolsas, e sou um gajo demasiado imparcial - tenho amigos que odeiam discutir comigo precisamente por isso mesmo - para estar a dizer isto apenas por ser o meu caso. Tenho mais dois irmãos a estudar no ensino superior, estamos os três deslocados da nossa habitação oficial, sem nenhum apoio do estado, de todo, e não tenho direito a bolsa, prevista, de resto, para todos os estudantes em mobilidade, por causa de ter uma média inferior? É o ser "diferente" do Técnico a funcionar, como sempre. Ainda não apresentei queixa, mas vou certamente fazê-lo, uma vez mais.

E ainda não o fiz pois estive desde esse mesmo dia, 14, até ontem, num curso do BEST - Board of European Students of Technology - aqui em Bruxelas. Provavelmente, os meus melhores dias desde que cá cheguei.

Basicamente, o plano foi, nos fins-de-semana ir visitar, Bruxelas e Brugges no passado sábado, e ter a semana ocupada com aulas durante o dia e festa pela noite. Começando pelas aulas, sobre a temática da água e as suas aplicações, parece que acabei o curso com 16 valores (1,5 ECTS) mas não faço ideia de como, dado que, na quarta-feira, fui a Antuérpia ver o torneio de ténis local e nos outros dias passei as aulas, apenas e só, a dormir ou a tentar fazê-lo. Aulas de duas horas com outras tantas de sono não dá com nada, e não é por isso que existem estas coisas.

O resto foi muito fixe mesmo, conheci pessoas espetaculares, a quem dei alcunhas que pegaram logo - o Georgios "Armani", o Victor "Vodka", o russo que levou meia mochila para a semana toda, o Cristian "Drakula", o Kostas Kotsiras Kualquer-coisa "KKK" e ainda o presidente do grupo da ULB do BEST, o "Mr. P." Samy que me vai fazer membro oficial aqui para ser mais fácil entrar depois no de Lisboa, quando voltar. As raparigas é que não eram nada de "especial", pois ou eram giras e desinteressantes, ou bacanas mas menos esteticamente agradáveis.

Bem, pelo menos à exceção de uma, a Kamil(k)a. Demo-nos logo bué bem desde o início, com toda a gente a dizer para "ir lá", que foi o que fiz, para receber de volta um "não sou assim" e um chocho. Ainda havia uma semana pela frente, e deixei-lhe claro que também não sou "assim", pelo que não iria tentar com mais nenhuma e que esperava ter deixado claro o que queria. Durante o resto do tempo, o MO, Main Organiser do curso, começou a aproximar-se e eu não ia fazer disso uma competição; não é a minha maneira de ser e não estava no curso mas para isso, mas para estar com novas pessoas e fazer coisas novas, como ficar completamente nu ao som da danse du limousin ao final de cada noite. 

No final, parece que de facto houve alguma coisa entre eles, não que ela não continuasse a achar piada a tudo o que eu dizia e a fazia e a vir ter comigo e o gajo, de quem não curto muito independentemente disto, a não a largar e se for preciso a falar-me como se fossemos os melhores amigos. Sou um tipo bacano, por mim tasse bem, agora, não curto joguinhos nem merdas dessas, apesar de também os saber fazer - outros amigos meus dizem que tenho demasiado jeito com gajas para o quero delas. Portanto, ya, se não consegui o que queria por não ter feito mais nada - sendo que até fiz -, é assim e pronto, quem espera que, de uma interação comigo, eu seja o único elemento ativo, a mesma cessará eventualmente. E é pena pois o gajo só a quer como espécie de troféu, tanto que vou agora jantar para os anos de uma amiga, e eles também podiam ter ido mas o Sacha, esse MO, disse que vão jantar não sei onde com outros BESTies e que depois nos vemos no centro da cidade.

A moral da história com isto tudo é que ando mesmo com "medo" de ter algo com alguma gaja e que, quando me decido por um "bora lá", parece que nunca conseguimos estar no mesmo plano de intenções - ao que se junta este meu enfado em jogos e sinais e merdas. Enfim, na verdade isto, e seja o que for, é tudo irrelevante se as coisas com a Marta correrem bem quando voltar a Lisboa. Vamos ver.

Um bem-haja,
Pedro Mendes

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