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domingo, 13 de novembro de 2016

Bruxelas - Semana 9

Como diz a parte materna da minha família, "cá estamos". Mais um semana que passou e já estou definitivamente na segunda metade do período de aulas, com cinco semanas pela frente (wow, agora que escrevi o número é que me apercebi de facto do quão pouco é). Estive em Louvain-la-Neuve, uma cidadezinha típica de estudantes perto de Bruxelas e da "versão" mais conhecida da mesma, Leuven - parece que os flamengos e os francófonos se chatearam, daí agora existirem as duas - e que faz lembrar Aveiro, pela construção, e Coimbra, pela bebedeira, en route para passar a sexta-feira em Colónia, no Carnaval local; já lá tinha estado logo no início do semestre, também com o pessoal tuga que conhecemos de lá, e agora, quase dois meses depois, pareceu que tinha sido na semana passada que lá tínhamos ido. E ainda ontem estava em Copenhaga e amanhã começa a terceira semana do mês. O tempo passa rápido que é uma coisa incrível.

Ora, mas o que raio é que foste fazer a Colónia, Mendes? Na verdade, já ninguém me chama Mendes há imenso tempo; é-me automático apresentar como Pedro e quase que oiço mais vezes chamarem-me Pablo, por causa do bigode que insisto em usar, que o nome que a minha mãe me deu - quando, segundo o meu pai, me queria chamar algo não muito comum. Nailed it.
Mas bem, ya, fui a Colónia, tal como disse (leiam tudo, por favor) ao Carnaval, pois o 11/11 é o dia do Armistício da I Guerra e, pelo menos na Bélgica, é feriado. Basicamente, foi ver pessoal mascarado e/ou bêbedo (pelo menos uma das condições e não necessariamente por esta ordem de eventos), uns bacanos a pôrem uma coluna no meio da rua num carrito a passar alto trance e a malta toda a ir atrás a dançar - tive de sair da Bélgica para finalmente não ouvir reggeatons e latinas e essa merda que passa por aqui - e, às 11h11, parecia que era véspera de Ano Novo e o pessoal passou-se. Moral da história: duas vezes que fui à Alemanha, a extremos opostos, as duas de autocarro para ficar bêbedo.

No resto da semana, bem, fui finalmente ver o hemiciclo do Parlamento Europeu na segunda-feira. Foi bacano, quisemos ir na segunda para ter um guia humano e não o audio, mas a letã que nos estava a explicar as coisas não sabia muito daquilo - tinha apenas um mês de experiência - e, portanto, isso não valeu muito a pena mas é sempre fixe. Fui ainda pela terceira vez ao Parlamentarium e já sou finalmente uma enciclopédia viva da UE. No resto do tempo, estive no meu primeiro evento do BEST, o Food Festival, onde basicamente cortei tomates - não os meus, pois teria de usar uma serra e não temos um orçamento assim tão grande - e abri baguettes para o pessoal que ia lá ver o que fazíamos. Esta terça-feira há outro, onde devo ir contar a minha experiência no curso. Na quarta, foi o encontro de professores de Física da região bruxelense, na minha aula de Didática, e fui lá mas a sala estava cheia, e apenas de professores, e portanto vim-me embora; pelo caminho, encontrei um professor que me disse algo como "és aluno mas serás um futuro professor" e ainda tentei voltar mas era fisicamente impossível. Além de que tenciono ensinar, ou educar, pelo menos, mas duvido que venha a ser de facto professor.

Já saiu o calendário de exames. Ao que parece, porém, só com os escritos; os orais têm que se marcar com os professores, o que é fixe, mas deixou-me pendente até agora e sem o saber. Basicamente, tenho o exame de Relações Internacionais - cadeira para a qual tenho casos de estudo para fazer, ou pelo menos assim reza a lenda - a 25 e volto a 29, de janeiro, para Lisboa, pelo que queria ver se entretanto ia a Bucareste ver os meus peeps romenos que conheci aqui no curso. Vou agora esta semana mandar e-mails e tentar falar com os professores para os marcarem todos para antes desse dia. Por falar em contactos via internet, a FCUL continua sem me pagar e eu continuo a insistir; agora parece que a culpa é da AE, pelo que amanhã já vou contribuir para o número de mensagens não lidas dessa malta que a única coisa que faz é fumar cigarros à porta da associação e fazer festas com metade da qualidade que anunciam - generalizando, claro. Gostava de ter ido para lá, já tinha os contactos quando saí da FCUL e acho que teria boas hipóteses de, pelo menos, ter lugar de destaque na lista atual; como sabem, isso não aconteceu mas o Francisco, um dos meus melhores amigos e o gajo que não assim tão poucas vezes recebe mensagens minhas de "meu, achas que ... é boa ideia?", vai fazer parte da lista e isso já é fixe.

De resto, a primeira carta da Marta não chegou na semana passada - o senhorio diz que eventualmente chegam sempre, no entanto - e ela disse que vai reenviar amanhã, e atualizada. Isso é fixe, estou de facto bastante expectante e é um ponto positivo do tempo parecer que está a passar rápido. E como prometi que ia escrever exatamente o que queria escrever, tenho de referir uma espanhola que há por aqui com quem há um não-algo que pode vir a ser algo; ela está com um certo mecanismo de defesa, ou talvez algo mais, e o pessoal à nossa volta parece que pressiona um bocado haver alguma cena mas, e em última instância, se ambos de facto quisermos, julgo que acontecerá. E isso não invalida em nada o que comecei por dizer neste parágrafo, pois são situações e, essencialmente, momentos diferentes que eu distingo perfeitamente na minha cabeça. Só preciso de não pensar demasiado nas coisas e desfrutar do meu período aqui. Ah, e estou a gostar de aprender dinamarquês no duolingo, acho que não me vou fartar e quando voltar a Portugal e já tiver net frequentemente no dia-a-dia, volto a usar a app.

Um bem-haja, meus caros.

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