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sábado, 23 de junho de 2012

Wimbledon preview

The third Slam of the season is about to start in All England Club. In these last two weeks players started to prepare themselves on grass courts and now it's time to make a preview about the following (and last) tournament on grass.

We've had many grass tournaments. Queen's (men's only), Birmingham (women's only) and Eastbourne (this one the only combined in English soil) are probably the most renewed ones but some top players also competed in Halle (men's), Bad Gastein (women's) and Den Bosch, the other combined tour.

In Queen's Club, this year's season was quite awkward. Top-ranked players got eliminated in earlier rounds; players like Andy Murray and Jo-Wilfried Tsonga, 2011 finalists, and also the four-times winners Andy Roddick and Lleyton Hewitt didn't even made the quarters and the winner was the Croatian Marian Clic, former top-10 and with zero titles in grass till this month. Even the final was bizarre, with the runner-up David Nalbandian kicking a line judge's leg.
In Halle, both Rafael Nadal and Roger Federer competed but none of them won. The Spaniard lost too early for 2011 runner-up Philip Kohlschreiber and Roger Federer - five-times winner in a city that as a street named after him - lost in the final against veteran former no2 Tommy Haas, upsetting the Swiss to win a title three years later (he also had won in Halle 2009, versus Novak Djokovic).
Women's tours were won by Melanie Oudin and Alizé Cornet, respectively in Birmingham and Bad Gastein. Those were both upsets but Oudin's one is the most outstanding; the young north-american, former top-35 in 2009, was through a lack of good results in WTA circuit (nine consecutive losses) but after going through the qualifying she did a championship by defeating former top-ranked Jelena Jankovic in the decisive match. That's the most important title in singles for Melanie, the current US Open champion in mixed doubles. About Cornet, former top-15, that's her first title in four years, second overall.

This week the main tours were the combined AEGON International 2012 in Eastbourne and Unicef Open in Den Bosch.
In Eastbourne, we could watch Andy Roddick back on old times. The former number one entered the tour due to an wild-card and using his 6th-seed status won the title by easily defeating 2011 champion Andreas Seppi in straights. This was A-Rod's 601st win and first title in 2012, which makes him the second player in activity with most wins and the 20th ever. Also, the north-american is winning at least a title since 2001 - equaling Federer. Women's title was won by Tamira Paszek in a dramatic final versus Angelique Kerber; the Austrian saved five championship-points and defeated the 8th ranked and women player with more wins in 2012. That's Tamira's first title of the season, 3rd overall.
Finally, Den Bosch. It was an easy victory by top-seed David Ferrer. The 6th ATP only lost a set (versus Paire, on semis) and won his 4th title of the season, 14th in his whole career. First title on grass for Ferru since 2008 in this same city.
In women's draw, the main attraction was Kim Clijsters' comeback. However, the former top-ranked had to withdraw in semis and the title was won by former top5 Nadia Petrova - defeating Urszula Radwanska instead of Clijsters in the final. First title on grass for Petrova, his 11th in her (long) career.

And this is what happened in the world these past two weeks. My prediction to Wimbledon? I'd bet in Djokovic and Sharapova. Nole won last year and I think he'll be too motivated to prove that his recent losses against Nadal just happened due to the surface; about Masha, she's too motivated right now and in a great shape, which makes me believe she can possibly win in the All England Club for the second time.

That's all. Cheers,
Pedro Mendes

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Final de Roland Garros


E terminou a edição de 2012 do Open de França, commumente chamado por Roland Garros. A final feminina foi disputada no sábado e a masculina começou ontem a ser jogada mas, depois de uma interrupção por causa da chuva, à segunda paragem acabou por ser adiada para hoje e por volta das 13h30 portuguesas terminou.

Vou começar por falar da final feminina. Foi um encontro disputado entre a russa Maria Sharapova e a italiana Sara Errani, esta última a grande revelação do torneio ao chegar à final. Foi uma final até mais ou menos disputada mas, como se previa, foi mesmo a Sharapova quem ganhou sem dificuldades de maior.
E com esta vitória, a russa completou o Grand Slam de carreira! Com as vitórias em Wimbledon'2004, US Open'2006, Australian Open'2008 e agora no French Open'2012, aquela que é a desportista mais mediática do planeta tornou-se na 10ª tenista da história a vencer pelo menos uma vez cada torneio do Grand Slam - neste caso, é a primeira a fazê-lo com apenas quatro triunfos.
Este feito, como disse, foi alcançado por mais nove tenistas mas no caso da Masha tem um significado ainda mais especial depois da grave lesão que teve há quatro anos e que quase a fez acabar a carreira. Só mesmo muita força de vontade e amor ao desporto - sim, porque de certeza que a Sharapova não anda no circuito por causa do dinheiro depois de tanto que ela já faturou entre prize-money e anúncios/sessões fotográficas.
Espero que agora tenhamos uma nº1 mundial que lidere mesmo o circuito e mostre em campo quem é a melhor! Não é que a Azarenka não o estivesse a fazer, mas ainda não tem o "mental" necessário para se impor a todos os níveis nos courts de todo o mundo.

E, finalmente, vou deixar a minha opinião sobre a final masculina. Foi um jogo bastante intenso, marcado pelo tempo que ajudou a mudanças de ascendentes durante a partida.

O encontro começou logo com um break a favor do Nadal, que até voltou a quebrar no terceiro jogo do encontro. O espanhol parecia encaminhado para uma vitória tranquila no primeiro set, mas depois o Djokovic acordou e ainda igualou a 3-3! No sétimo jogo, o Nole foi quebrado (depois de tanto trabalho, e com uma dupla-falta...) e aí o Nadal não deslargou mais.

Na segunda partida, outra vez o break inicial a favor do Rafa. O maiorquino adiantou-se a 2-0 mas aí o Nole voltou a subir e recuperou o break, ficando a vencer por 3-2 e pela primeira vez no encontro; porém, voltou a ser sol de pouca dura porque a seguir o Nadal voltou a quebrar e estava 5-3 nesse set quando começou a chover pela primeira vez. No reatamento, o Djokovic re-entrou mal e com um break entregou o set de bandeja.
Tudo antevia uma fácil vitória em 3 sets para o King on Clay, e ainda para mais com o break inicial. No entanto, o Djokovic venceu de seguida os seis jogos seguintes (!) e venceu esse set por 6-2, levando a partida a um quarto parcial onde iniciou com um break! Era normal pensar num futuro quinto set mas depois voltou a chuva... e o encontro foi adiado para hoje. Antes disso já o Nadal havia ganho um jogo ao confirmar o seu saque, interrompendo essa série de 8 jogos ganhos pelo Djkovic.
No reatamento, tudo correu mal desde o início para o Nole. Foi logo quebrado, devolvendo o break ao espanhol, e nunca mais voltou a ficar em vantagem no set, sofrendo o segundo break para perder o encontro - e com outra dupla-falta.

Muito embora estivesse a torcer para que o Novak Djokovic completasse o Grand Slam de carreira neste Roland Garros e se torna-se no primeiro da Era Open a vencer os quatro Majors de seguida, há que dar os parabéns ao grande Rafael Nadal, que com a sua 7ª vitória em Paris se tornou no tenista que mais vezes venceu o Open de França. Só um podia fazer história hoje, e esse foi o espanhol - que depois de tantas finais perdidas para o Djokovic já merecia uma pequena "desforra". Indubitavelmente o melhor de sempre em terra batida!

é tudo. Para Wimbledon devo voltar a escrever em inglês.
Cumprimentos,
Pedro Mendes

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Antevisão das finais do Open de França


Ontem e hoje realizaram-se as meias-finais do Open de França, sendo que só faltam dois encontros para acabar a edição de 2012 de Roland Garros - a final feminina e a masculina.

No quadro feminino, foi mais um torneio repleto de surpresas. Começando pela eliminação de Serena Williams para Virginie Razzano na primeira ronda, passando pela queda de Agnieszka Radwanska frente a Svetlana Kuznetsova e de Victoria Azarenka frente a Dominika Cibulkova na quarta ronda e finalmente chegando à eliminação de Samantha Stosur por Sara Errani nas meias-finais, apesar de achar que a Stosur jogou bastante bem mas pecou pelos erros que fez frente a uma tenista a jogar "à italiana", com se diz na gíria futebolística.

Esta mesma Errani, nº2 italiana (que segunda-feira entra no top-10 e torna-se na mais bem cotada italiana no ranking WTA) irá disputar a final de sábado frente à nova nº1 mundial Maria Sharapova - que vulgarizou Petra Kvitova nas meias-finais, a fazer um ano aquém do que prometia no ano passado.
Penso que vai ser uma final disputada, e espero que caia a favor de Sharapova. Apesar de a prestação da Errani até agora ser digna de vencer em Paris, a "Masha" merece este título - e consequente Grand Slam de carreira - depois de tudo o que passou desde 2008. E tem estado mesmo muito bem em terra, portanto o triunfo na capital francesa era algo deveras merecido.

Quanto à final masculina será, pela 4ª vez seguida em Majors - pode-se dizer que esta dupla já fez o Grand Slam (piada mais sem graça). Novak Djokovic e Rafael Nadal venceram hoje com muita facilidade Roger Federer e David Ferrer, mais do que talvez esperavam, e encontram-se agora na final do Open de França.
Penso que aqui vai ser totalmente diferente das finais de Wimbledon, Nova Iorque e Melbourne; primeiro, porque é em terra e aí Nadal manda e segundo, nas outras 3 finais o sérvio ia com uma motivação enorme pois estava invencível frente ao Rafa... Ivencibilidade essa quebrada, por duas vezes em Monte Carlo e Roma - ambos torneios de terra.
Claro que é possível ganhar, Djokovic provou o ano passado que o Nadal não é invencível em terra. Mas a questão é mesmo essa, foi no ano passado quando o Nole estava numa forma espetacular; este ano já não é bem assim. E Nadal ainda não cedeu qualquer set. Porém, penso que se o Djokovic for inteligente consegue  fazer o Djoko Slam neste ano de 2012... Só terá que acabar o jogo rapidamente, pois quanto mais ele se arrastar mais capacidade de resposta terá o Nadal para o Nole.

Tudo. Cumprimentos,
Pedro Mendes

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Primeira semana de Roland Garros


Por acaso não é só sobre a primeira semana que irei escrever, mas também acerca dos encontros da 4ª ronda (oitavos-de-final). Previa escrever no sábado sobre essa semana inicial mas como estive fora não me deu tempo portanto faço hoje um breve resumo do que foi o Open de França até agora e lanço uma antevisão do que serão os próximos embates.

Começando pelo quadro masculino. Mais ou menos todos os tenistas têm correspondido às expetativas iniciais; o Big Four está sem surpresa nos quartos-de-final e a estes juntam-se nomes como Jo-Wilfried Tsonga, Juan Martin del Potro, Nicolas Almagro e David Ferrer.


Se no caso de Jo-Wilfried Tsonga e David Ferrer não é surpreendente a presença nos quartos-de-final, pelo menos em teoria (são o 5º e 6º cabeça-de-série, respetivamente), já Juan Martin del Potro e Nicolas Almagro ficariam, à partida, pela quarta ronda. Porém, penso que não é surpreendente a presença do nº1 argentino e do nº3 espanhol nos "quartos" e passo a explicar: Del Potro tem feito uma boa época de terra batida e o 7º favorito Tomas Berdych não é especialmente bom em terra, portanto a vitória do argentino sobre o checo não é algo que não se esperasse; já Almagro é, à semelhança dos seus compatriotas, conhecido pelos seus resultados em terra batida e o seu adversário na 4ª ronda foi Janko Tipsarevic (8º pré-designado), que também não é nada de especial nesta superfície apesar de ser muito esforçado e um dos meus favoritos.



Quanto ao top-4, só o campeoníssimo Rafael Nadal se mantém sem abanar. O maiorquino só cedeu ainda 12 jogos no total dos seus encontros e hoje contra Juan Monaco, 13º ATP, deu um banho de ténis ao cilindrar o argentino por 6-2 6-0 6-0. Com zero derrotas em terra batida vermelha este ano (ou seja, sem ser em Madrid), Nadal é provavelmente o grande favorito outra vez - depois de em 2011 ter sido posto em causa o seu domínio em Paris devido à grande temporada de Djokovic, que este ano tem zero títulos em terra batida.



Este mesmo Djokovic já teve de suar bastante para chegar aos oito melhores. O nº1 mundial chegou a estar dois sets abaixo frente a Andreas Seppi mas conseguiu recuperar bem e enfrenta agora o Tsonga. Penso que o Nole tem de encontrar rapidamente a sua forma para derrotar o francês, que também teve um grande embate frente ao Stan Wawrinka e chega aqui motivadíssimo.
Roger Federer e Andy Murray também já cederam sets neste torneio. O suiço, aliás, só na primeira ronda é que venceu em parciais consecutivos e desde então perdeu um set em cada encontro - todos desnecessariamente, diria eu. Aliás, minto; o set perdido para o David Goffin na 4ª ronda - tenista que é um confesso fã do recordista em Majors e que entrou no quadro como lucky loser - foi bem ganho por este jovem belga. Já Andy Murray teve problemas logo na terceira ronda ao lesionar-se no embate frente ao finlandês Nieminem e acabou por perder o primeiro set. Depois deu a volta sem grande dificuldade (ainda ponderou desistir pelo meio) e hoje voltou a perder o primeiro set, desta vez contra Richard Gasquet - que pensei que ganhasse, visto estar em forma nesta temporada de terra em oposição ao britânico - mas foi mesmo Murray a seguir para os quartos. Aí, o Andy enfrenta o David Ferrer e sendo o encontro em terra batida, apostaria num triunfo do espanhol - que ainda não cedeu um set, o único a par de Nadal a conseguir este feito.

Portanto, aposto numas meias-finais entre Novak Djokovic e Roger Federer (apesar de Tsonga e Del Potro irem dar muita luta a estes dois...) e entre David Ferrer e Rafael Nadal (Almagro deverá ser mais uma presa fácil para o hexa-campeão na Catedral da Terra Batida).

No quadro feminino, tem sido mais um torneio com as favoritas a desiludirem. A nº1 Victoria Azarenka, a campeã em título Li Na, a antiga campeã em 2010 e finalista do ano passado Francesca Schiavone, a campeã em 2009 Svetlana Kuznetsova, a campeã em 2008 Ana Ivanovic, e ainda Serena Williams, campeã em 2002 e a par de Azarenka a principal favorita a vencer em Paris este ano, estão todas fora do quadro - a que se juntam ainda as top-10 Agniezska Radwanska, Marion Bartoli e Caroline Wozniacki. Sente-se de facto a falta de uma tenista dominadora em terra, e num altura em que se esperava que Serena voltasse aos grandes triunfos eis que esta, principalmente esta, cai e logo na primeira ronda (!).


Portanto, quem eu acho que deve ganhar é a Maria Sharapova. Também tem feito uma grande época em terra e portanto a nº2 mundial pode ter uma grande oportunidade de completar o Grand Slam de carreira e voltar à liderança do ranking. Porém, não será fácil; até lá poderá ter de enfrentar Petra Kvitova na meia-final e depois Sam Stosur (antiga finalista) ou a revelação do ano Angelique Kerber na final... Mas penso que a Masha ganha isto.


É tudo. Cumprimentos,
Pedro Mendes