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domingo, 27 de novembro de 2011

ATP World Tour Finals, or Federer's 6th Masters

Back on English. Roger Federer won today his 4th title of the season and his 6th ATP World Tour Finals, once called as "Masters", by beating the frenchman and 6th seed Jo-Wilfried Tsonga by 6-3 6-7 6-3. With this title, the 30-year-old has become the oldest player ever winning the last tour of the year and also the one with more Masters' titles, with half a dozen.
Such a great end of season by the best player ever, at least in my opinion. In the last months, Federer reached his 800th win in his career (pro since 1998), and also his 100th final - with 70% of titles; in other words, Federer wins in each 7 of 10 finals! These are amazing stats, worthy of such a great player and, first of all, man.
Federer will finish 2011 season with 17 matches won in a row (he doesn't lose a match since that painful defeat against Novak Djokovic in US Open semi-final) and 4 titles, three of it won in the last 3 weeks (Basel, Paris and now London) and the other one was the first tour of the season, in Doha. Obviously, the Swiss will get back the 3rd place in ATP ranking. In fact, since Andy Murray reached the #3, Federer didn't lose a single match and Murray didn't win a title (he won three in Asia mini-season, which made him move to top3).

On the other hand, I nearly feel sorry for Tsonga. This was the third Sunday he played against Roger Federer (after Paris final and WTF open-match) and he lost all. Of course he must be proud of his end of season, but losing 3 times in a row, two of it in finals, is always hard. Still, he has that win in Wimbledon quarter-finals after being 2 sets down to celebrate in Federer's face.
In my opinion, Jo-Wilfried Tsonga is the 5th player of the year; Ferrer had also a great season, but Tsonga was the one non top-4 with better results in the biggest tournaments this season. If he continues his shape, the Australian Open 2008 runner-up may have an even greater 2012 season.

It was a great tournament, no doubt. However, I became disappointed with Novak Djokovic, Rafael Nadal and Andy Murray. They all have great seasons (Nadal maybe not, but also a very tiring year) and have the right of being tired, injured and tired & injured... Still, semi-finals without them is not the same.
About Nole's performance, was quite awful but this can't overshadow his great season (70-6 in wins/losses). With 10 titles (3 Majors and 5 Masters 1000), the serb did the 5th best season ever! Hope he can defend successfully his more than 10 000 points next season and keep the No1vak status. He now must be happy, since he got a specially-customized Benfica's jersey yesterday; a great player roots for a great team.

Cheers,
Pedro Mendes

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

ATP Challenger Tour Finals 2011

Novidade no circuito nesta temporada: a criação de um evento de final de ano onde competem os melhores tenistas que disputaram torneios Challenger - torneios de categoria inferior em relação aos ATP oficiais -, à semelhança dos ATP Masters Finals, evento de final de ano que reúne os 8 melhores tenistas do circuito e começa no domingo, em Londres (e sobre o qual dedicarei o último parágrafo deste texto).
Nesta edição de estreia dos Masters Challenger, realizada no Brasil, competem os 7 melhores tenistas em torneios da categoria e um tenista convidado pela organização - neste caso, o nº1 brasileiro Thomaz Bellucci. Entre os outros 7, aparece como 1º favorito o melhor tenista nacional de todos os tempos, Rui Machado.

De facto, o evento ainda nem acabou. Eu estou a escrever porque o Rui Machado já foi eliminado - e, por sinal, de uma maneira incrível. Pessoalmente não tenho interesse neste evento, sem ser pelo facto de o Rui ter participado.
Ora, o nº1 nacional, vencedor dos Challengers de Marrequexe, Rijeka, Pozdan e Szczecin, não passou da fase de grupos. Eu sinceramente tinha dúvidas que passasse, visto ser em piso rápido - ele chegou a terras de Vera Cruz com 0 (zero) vitórias em hardcourt esta temporada. Porém, o algarvio até ganhou os primeiros dois encontros e tudo parecia encaminhado para alcançar as semi-finais... Bastava ganhar um set no último encontro (ou 8 jogos) contra o alemão Cedrik-Marcel Stebe e o Rui passava a fase de grupos.
Não foi o que aconteceu. Machado até esteve bem no primeiro set, chegando a recuperar de 2-5 para igualar a 5-5, mas depois cedeu novo break e perdeu esse primeiro parcial por 7-5. Pronto, o Rui até esteve bem e bastava mais 3 jogos ganhos para passar - ou até mesmo um set. No segundo parcial, foi o desastre total... Machado levou um "pneu", tendo apenas ganho 2 pontos com o seu serviço em todo o segundo set e perdendo, naturalmente, por 7-5 6-0. Rui Machado estava fora do ATP Challenger Tour Finals 2011 devido à menor percentagem entre jogos ganhos e perdidos - critério de desempate usado quando dois tenistas ganham o mesmo número de jogos e sets.

Apesar de tudo, fiquei desapontado com o nº1 nacional. Naquela que poderia ser uma grande hipótese de ganhar protagonismo, o Rui não a aproveitou e sai pela porta pequena (mesmo tendo em conta algum azar à mistura). Mais uma vez se prova a inconstância do ténis nacional - que, fora de terra batida, deixa muito a desejar - e dos tenistas nacionais - que poderiam levar a sua carreira mais a sério. Apenas a minha opinião.

Agora, uma breve antevisão do que será o Masters de Londres da próxima semana. Para começar, uma coincidência: tenistas rankeados em lugares ímpares ficam no Grupo A (Djokovic, Murray, Ferrer e Berdych), e os jogadores que ocupam lugares pares vão jogar para o Grupo B (Nadal, Federer, Tsonga, Fish).
Devido à grande diferença de qualidade, confirmada nesta temporada em que Djokovic e Murray se aproximaram ainda mais de Nadal e Federer - sendo que Djokovic estará, neste momento, acima do espanhol e do suiço -, julgo que o top-4 chegará às meias-finais na sua totalidade - como aconteceu em Roland Garros e no US Open. Porém, não será fácil: Ferrer é sempre um adversário difícil, apesar de ser muito melhor em terra batida do que em qualquer outro piso (por exemplo o de Londres, hardcourt); Berdych, na sua melhor forma, é também um jogador a temer - prova disso são os grandes resultados do ano passado; e Tsonga tem sido o "5º jogador" desta temporada, alcançando bons resultados contra tenistas do top-4. Quanto a Fish, que faz a estreia no Masters, duvido que tenha hipótese de mostrar grande coisa; mas é também um excelente tenista.

Cumprimentos,
Pedro Mendes

domingo, 13 de novembro de 2011

ATP Masters 1000 de Paris-Bercy

Disputou-se esta semana o último evento da categoria Masters 1000 da temporada, realizado nos campos cobertos de Paris-Bercy. Num ano dominado por Novak Djokovic, que triunfou em 5 (primeiro tenista da história a fazê-lo) dos 9 torneios ATP que adicionam 1000 pontos ao vencedor, foi a vez de Roger Federer amenizar um pouco a decepcionante época que tem vindo a fazer e triunfar pela primeira vez na capital francesa - ele que nunca tinha sequer chegado à final do torneio.

Foi uma vitória com categoria a de Federer na final realizada hoje, mostrando ao longo do torneio a classe que o levou ao topo do ranking durante 285 semanas. Chegando à final sem ceder um único set, o vencedor de 16 torneios do Grand Slam derrotou categoricamente Jo-Wilfried Tsonga em menos de hora e meia (1h26min) por 6-1 7-6(3). Foi o terceiro título da temporada para o suiço (segundo em duas semanas) e também o 69º da carreira, em 99 finais disputadas - o que significa que Federer ganhou perto de 70% das finais que disputou, números impressionantes.

Como o leitor já decerto reparou, o meu tenista preferido é o sérvio Novak Djokovic. Porém, sempre achei o Federer um exemplo de tenista, dentro e fora dos courts, e considero-o mesmo o melhor de todos os tempos. E, de resto, os números falam por isso.
Com a chegada à final de Paris, Roger Federer tornou-se no segundo tenista da história a chegar à final dos 9 Masters 1000. Com a vitória na Cidade das Luzes o natural de Basileia também quebrou um jejum de 15 meses sem títulos de 1000 pontos (desde Cincinnati 2010), ganhando o evento sem ceder um único parcial (primeira vez que o faz desde Madrid 2006) e alcançando o seu 18º título da categoria, sendo o segundo tenista mais titulado de sempre - a apenas um triunfo de Rafael Nadal, com 19. Além de que alcançou a 800ª vitória da carreira na meia-final de Paris.

Como já disse (ou escrevi, porque tenho estado calado), esta vitória em Paris serve para atenuar um pouco a época aquém das expectativas do vencedor. Foi o primeiro ano desde 2002 que Federer não ganhou um Major (ele que é o recordista, com 16), além de que, até final de Outubro, o suiço tinha apenas um título - conquistado nas primeiras semanas da temporada, em Doha. Agora na entrada para o último torneio da época, os ATP Masters Finals de Londres, Federer tem a defender os 1200 pontos conquistados no ano passado. Para recuperar o 3º lugar até final do ano, tem repetir o triunfo na capital londrina.

Agora que terminaram os eventos Masters 1000 da temporada, tempo para estatísticas. Primeira vez na história que os torneios se repartiram apenas pelos 4 melhores tenistas mundiais - Novak Djokovic venceu cinco desses torneios, Andy Murray triunfou em dois e tanto Rafael Nadal como Roger Federer (outrora os "reis do circuito") apenas lograram 1000 pontos cada em função dos M1000.
Como tal, Nole venceu mais Masters 1000 do que todos os outros tenistas do circuito combinados, ao passo que o Murray tem tantos triunfos em torneios Masters 1000, nesta temporada, como Nadal e Federer juntos.
Nota-se uma evolução no circuito; no início do ano, era impensável (pelo menos para mim) o facto de Andy Murray, que nunca venceu um Slam, terminar a temporada com tantas vitórias em M1000 como Nadal e Federer juntos (26 Slams no total entre estes dois).

Cumprimentos,
Pedro Mendes

domingo, 6 de novembro de 2011

Bali e Fed Cup

E chegámos ao fim da época WTA, ou pelo menos acabou para as tenistas consideradas "de topo". Durante a semana foi disputado o Torneio das Campeãs, em Bali (Indonésia), e agora no fim-de-semana teve lugar, além da final de Bali, a final da Fed Cup 2011, entre a Rússia e a República Checa. Destaque para o torneio de Bali ser disputado DEPOIS do Masters WTA, o torneio que reúne as oito melhores tenistas da época... Como disse no post da semana passada, julgo que o Masters devia encerrar a época. Mas provavelmente outros interesses prevalecem.

Bom, mas o que importa é que a Ana Ivanovic ganhou! Apesar de não ter ganho nenhum torneio na presente temporada (condição essencial para marcar presença na cidade asiática), a organização achou por bem atribuir-lhe um wild-card e não podia ser melhor entregue: a antiga nº1 mundial chegou à final sem perder um set e, no jogo decisivo, aplicou um "pneu" a Anabel Medina Garrigues (campeã no Estoril Open há seis meses) para vencer, também em dois sets, e se sagrar bicampeã do Torneio das Campeãs.

Foi uma excelente performance por parte da Ana. De facto, com Nigel Sears o seu ténis melhora - e muito. Um facto simples: antes de a tenista sérvia ser treinada por Sears tinha, em 2011, ganho 6 primeiras rondas, em dez; com a contratação do britânico, a natural de Belgrado apenas perdeu uma primeira ronda - em nove. Outra curiosidade é o facto de Ana Ivanovic, que hoje mesmo completou 24 anos, ter terminado a temporada com mais vitórias que a finalista no Australian Open e campeã em Roland Garros, a chinesa Li Na (33-32). Claro que as vitórias da chinesa foram mais importantes, mas penso que o tempo de Na já acabou - depois de França, apenas ganhou 7 jogos. Além dos milhões de euros, claro.
Tive pena de não ter visto nenhum encontro da Ivanovic, mas acordar às 7h é demais para mim... Além de que, para que serve a Internet (sem ser para vos fazer perder tempo ao ler o meu blog)?

Quanto à Fed Cup, foi justamente ganha pela República Checa. E de facto era previsível; a Rússia foi desfalcada (sem Sharapova nem Zvonareva) e a checas eram lideradas pela nº2 mundial e recente vencedora do WTA Masters, Petra Kvitova.
Porém, não foi a Kvitova que decidiu a eliminatória (pelo menos não participou no derradeiro embate). Com ambas as selecções a ganharem 2 jogos de singulares, a final teve de ser decidida num quinto embate, este de pares, e foram as quase desconhecidas Lucie Hradecka Kveta Peschke que asseguraram a vitória para a República Checa - derrotando as favoritas Maria Kirilenko e Elena Vesnina.

Penso que não há como negar, Petra Kvitova é a tenista do ano. Apesar da inconsistência demonstrada - como, por exemplo, ter triunfado Wimbledon e não ter passado da primeira ronda do US Open (se tivesse ganho apenas um encontro nos EUA, era neste momento nº1 mundial) -, acaba por ser a tenista que mais merece essa "distinção". Victoria Azarenka e Andrea Petkovic (únicas a chegar à segunda semana em três dos quatro Majors) foram provavelmente as mais consistentes da temporada, mas faltou-lhes um grande título.

Cumprimentos,
Pedro Mendes