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domingo, 28 de outubro de 2012

WTA Championships 2012 - Serena volta a arrasar

Hoje foi um grande dia de ténis e eu, devido a ter de voltar para Lisboa após o fim-de-semana, perdi três grandes finais. Sim, estou moderadamente chateado.


Depois desta interessante introdução, vamos lá falar do que diz no título: a final de Istambul.

Sem grande surpresa, a final foi entre Maria Sharapova e Serena Williams. Sim, no último post eu falei que a final seria entre a nº1 Victoria Azarenka e a norte-americana mas com o andar da competição, percebi que a Vika não estava na sua melhor forma ao contrário de Sharapova; viu-se na meia-final até, que quer física (os haters vão dizer que voltou a fingir uma lesão, eu pessoalmente penso que a 100% pelo menos não estava) quer psicologicamente a russa estava lá para ganhar.

Mas, como tem sido hábito desde a segunda metade do ano, a motivação de qualquer tenista vale zero contra Serena Williams. Serena voltou a vencer um grande torneio vulgarizando as melhores tenistas do mundo (venceu em dois Vika e Masha para vencer o seu terceiro Masters) e aí está ela perto de ser eleita a Tenista do Ano. E com isto vem a questão do posto de número um...
É um facto que a tenista a jogar melhor ténis, que entra em campo favorita em todos os encontros, é a norte-americana; venceu dois Majors e agora o Masters, além de mais seis títulos, e só não é líder WTA porque perdeu na primeira ronda de Roland Garros num grande encontro contra a "banal" Virginie Razzano. No entanto, a tenista mais consistente tem sido Victoria Azarenka, dentro ou fora dos Majors. A bielorrussa só perdeu o seu primeiro jogo no final de Março, em Miami, e foi a duas finais de Grand Slams tendo vencido em Melbourne. Eu pessoalmente acho que a Vika merece terminar o ano no topo, apesar de o prémio para a Tenista do Ano ficar melhor atribuído se for para a Serena. Para o ano, logo se vê.

Também perdi as finais de Valência e Basel, pelo que vejo. Em Valência ganhou o David Ferrer, como se esperava, no último torneio do antigo nº1 mundial Juan Carlos Ferrero; tenho pena de não o ter visto ao seu melhor, quando em 2003 venceu Roland Garros por exemplo. Lembro-me dele o ano passado no US Open quando chegou à segunda semana vencendo o Gael Monfils por exemplo e depois perdendo num grande jogo para o Janko Tipsarevic. El Mosquito para sempre!

Já em Basel (não gosto do aportuguesado Basileia), pensava mesmo que o título ia para o Roger Federer. Parece que foi uma grande vitória do Juan Martin del Potro, 6-4 6-7 7-6. Isto confirma a ida do argentino ao Masters - do qual já foi finalista em 2009, perdendo para o Nikolay Davydenko - e faz o Federer ficar mais perto de, inevitavelmente, perder o posto de nº1 antes do final do ano. Agora vamos para Paris e Londres, vamos ver o que acontece.

Ah, falar ainda do Gastão Elias que quase voltou a vencer um Challenger no Brasil. A vencer por 6-2 5-3 contra o alemão Simon Greul, acabou por perder a partida... Porém, isso não mancha o grande final de ano do nº3 nacional - já perto de ultrapassar Frederico Gil -, que já havia vencido no Rio de Janeiro (este foi em Porto Alegre).



E é tudo, cumprimentos
Pedro Mendes

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Antevisão dos WTA Championships de Istambul

Começa hoje em Istambul o TEB BNP Paribas WTA Championships Istanbul 2012, comummente conhecido como Masters WTA. Como é hábito, reúne as oito melhor tenistas da temporada e ainda as restantes duas tenistas do top-10 (que partem como "meras" suplentes, podendo ter hipótese de jogar caso alguma das selecionadas se lesione ou desista por alguma razão.
Na edição deste ano, nota para um pormenor curioso: todas as tenistas, incluindo até as suplentes, são de nacionalidades diferentes. Cada vez mais o ténis feminino se tem globalizado, depois de anos em que o domínio pertencia às tenistas de leste, principalmente Rússia e República Checa, e mais recentemente as norte-americanas irmãs Williams.

Ambos os grupos têm (pelo menos) uma antiga vencedora e uma estreante.
No Grupo Vermelho, Victoria Azarenka e Serena Williams irão provavelmente discutir o primeiro lugar enquanto Angelique Kerber e Li Na terão de jogar mesmo ao seu melhor nível, ou até mesmo um pouco mais, para poderem aspirar a passagem às meias-finais. Este é provavelmente o grupo mais forte; conta com a número 1 e finalista na temporada passada, a já referida antiga vencedora (Serena Williams, 2001 e 2009), a estreante Angelique Kerber (que é para mim muito mais forte que Sara Errani, a outra tenista que se estreia no "5º Major") e ainda Li Na, que repete a presença do ano passado e que ao seu melhor nível pode bater qualquer uma - bem, talvez menos Serena Williams...
Neste grupo a Serena é uma incógnita; tem jogado pouco ou nada desde o US Open, e apesar de ser a tenista mais em foco nos últimos tempos já não joga o Masters há três anos e, como disse, não está em forma; porém, penso que as duas que irão passar são a norte-americana e a Azarenka, que tem feito um ano muito bom que pode terminar em beleza com este título. De resto, talvez se Kerber ou Li Na estivessem no Grupo Branco pudessem passar mas assim, vai ser complicado... Mas ténis é ténis.

Passando agora ao Grupo Branco: aqui figuram as antigas campeãs Maria Sharapova e Petra Kvitova (esta última a campeã em título), além de Sara Errani e de Agnieszka Radwanska, confirmada definitivamente como uma tenista de topo nesta temporada.
Penso que será um grupo mais em aberto do que o Vermelho. Com exceção de Sara Errani, que está uns furos mais abaixo neste superfície do que as três europeias de Leste, qualquer uma pode passar à próxima fase... À partida as favoritas são Maria Sharapova - que este ano já liderou o ranking e sabe como se vence o Masters - e Petra Kvitova, por ser a campeã em título e também pelo tipo de piso, hardcourt indoor.
No entanto, nenhuma das duas está especialmente em boa forma e a Kvitova tem tido um ano que roça o desapontante. Depois de quase ter sido número 1 há um ano, chega a Istambul no 6º posto (é 5ª cabeça-de-série mas com a perda dos pontos do ano passado começou esta semana no 6º lugar) e não tem jogado mesmo nada de especial; enquanto que a Radwanska teve um ano muito bom - depois da final em Wimbledon foi mesmo vice-líder do ranking - e julgo que, considerando as duas atualmente, Radwanska pode perfeitamente deixar a campeã já pelo caminho.

No final, como já referi, espero que vença a Victoria Azarenka.

Cumprimentos,
Pedro Mendes

domingo, 14 de outubro de 2012

Resumo da mini-temporada asiática

Com a final do Shanghai Rolex Masters de hoje, chegou ao fim a mini-temporada asiática de hardcourt. Disputaram-se cinco torneios nas principais capitais asiáticas; dois da categoria ATP 250 em Banguecoque (Tailândia) e Kuala Lumpur (Malásia), igualmente dois eventos ATP 500 em Pequim (China) e Tóquio (Japão), culminando no já referido Masters 1000 de Xangai, único evento desta categoria disputado no continente asiático.

Ao contrário da temporada passada, em que houve um domínio total de Andy Murray (venceu na Tailândia, Tóquio e Xangai), na temporada deste ano nenhum tenista conseguiu vencer a "tripla" - o que mais se aproximou foi Novak Djokovic, que sai do maior continente do mundo com mais 1500 pontos, fruto de ter vencido em Pequim e Xangai.

Começando pelos eventos ATP 250; na Malásia, Juan "Pico" Monaco venceu o francês Julien Benneteau na final para assim vencer o seu primeiro título fora de hardourt nesta temporada. Tem sido uma temporada bastante boa por parte do Monaco, que eu pessoalmente não gosto muito como tenista nem o acho de calibre top-10, mas o ranking é que manda e se está lá é porque merece.
Mais para Oeste, em Banguecoque, Richard Gasquet venceu o seu primeiro titulo em anos! Depois de já ter perdido uma final este ano, cá no Estoril - onde eu o vi na meia-final a derrotar o Albert Ramos -, o francês venceu finalmente um troféu. Com mais cabeça, Gasquet era um tenista ao nível dos 4 melhores....

Passando a Tóquio e Pequim; houve um vencedor surpreendente na capital japonesa. O tenista da casa Kei Nishikori, agora já cada vez mais uma certeza do que uma promessa, venceu o seu primeiro titulo da carreira logo no seu país natal, e ainda por cima um ATP 500. Foi uma grande vitória frente a Milos Raonic, outro dos novos valores dos circuitos que viu o seu serviço vulgarizado (o que é um feito); tanto um como outro podem nos próximos anos discutir Majors, espera-se.

Agora, tempo para falar no Nole que fez uma temporada asiática bastante boa e muito melhor do que a temporada passada - de facto, pior era quase impossível... Foram duas grande semanas, com vitórias na capital chinesa frente ao Jo-Wilfred Tsonga e hoje, num encontro épico, frente ao Andy Murray em Xangai.

Vi a final de Xangai desde o segundo set, pois nem sabia que começava tão cedo (9h40 portuguesas). O Murray adiantou-se a um break e serviu a 5-4 para vencer o encontro - e eu já a pensar, bem isto agora acaba e lá vou eu estudar Programação... Mas aí o Nole mostrou quem é o verdadeiro nº1 (acho mesmo isto) e salvou dois match-points para depois levar o encontro a tie-break! Aí, outra demonstração de garra e força do sérvio para vencer por 13-11 após salvar mais três (!) championship points; é incrível a maneira como o Djokovic joga em match-points contra.
O Murray anda em crescendo, melhorou imenso, mas ter perdido o segundo set afetou-o e não foi pouco. No terceiro set, com os dois já todos "rotos", o Nole quebrou no 7º jogo, confirmou e a 5-3 ainda desperdiçou dois match-points (bem salvos, diga-se de passagem) para depois vencer categoricamente por 5-7 7-6(11) 6-3. 13º Masters 1000, 33º título da carreira e 6º da temporada.

O melhor tenista do momento é, para mim, Novak Djokovic. É com todo o mérito que o Federer está na liderança mas julgo que é apenas uma questão de tempo até o Nole voltar à liderança - ele que lidera por mais de 1000 pontos na Race, aliás. Vamos ver agora como acaba a temporada; voltamos à Europa para jogar, entre outros, o Masters 1000 de Paris, e depois para Londres nas Finals. Federer defende os dois...

É tudo,
Pedro Mendes