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segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Bruxelas - semana 2

Segundo post e já me sinto a ficar sem frases de abertura. Hoje ainda posso sacar um "Primeira semana inteira em Bruxelas...", no próximo domingo poderei usar "Chegámos a Outubro!", mas depois disso, e como não me lembro de nada por agora, vou deixar esse problema para o Pedro do futuro, que é um gajo que, quando não estraga tudo, me resolve bastantes situações - por outro lado, o Pedro do passado ou me deixa orgulhoso ou me dá vontade de gozar com ele e/ou lhe dar um par de estalos.

Antes de mais, as aulas. Tenho atividades letivas em três "sítios" diferentes: na Faculté des Sciences (a minha, mas desta vez com um B a mais no acrónimo), na VUB, a universidade flamenga, que tem uma parceria com a ULB - sendo estas duas no enorme campus La Plaine - e talvez ainda no campus principal e o mais animado, o de Solbosch. Digo "talvez" porque tenho ainda pendente o processo para alterar uma cadeira que escolhi em Ghent (que tem uma parceria com a VUB, tendo usado isso para me criarem especificamente um código para essa cadeira) para... Relações Internacionais, em Bruxelas.

O caso é que, como pensei que a cadeira de Plasmas na ULB, que é 90% de fluidos e apenas 10% de plasmas, não me ia dar equivalência depois no Técnico, inscrevi-me em ambas para prevenir essa situação; afinal, o coordenador autoriza a primeira, e assim, sendo que já que estou cá e me interesso por estes temas, gostava de frequentar algo (bem) diferente da minha área e com um professor, Mario Telò, que é uma grande autoridade no tema. O problema é que, como isto do Erasmus+ é ridiculamente burocrático, preciso novamente das assinaturas dos coordenadores quer de Lisboa, quer daqui de Bruxelas, e o do Técnico veio agora com uma conversa de que, se me inscrevia em 30 ECTS cá, tinha de ter equivalência aos mesmos lá; ora, se eu me inscrevi em trinta, foi porque mo disseram no Técnico para fazer, de maneira a "encher" o learning agreement, uma vez que eu não tenho de todo mais cadeiras possíveis de fazer fora do IST - tenho apenas três, ou seja, 18 ECTS. Espero bem que seja só um problema de comunicação, pois não há hipótese de isto agora me correr mal.

Mas bem, voltando ao tema inicial, as aulas são, essencialmente, iguais a Portugal: duas horas, comigo a já estar farto ao fim de meia, cerca de dez pessoas na sala - em RI estarão provavelmente umas boas dezenas, no entanto - e o professor a falar com relativo entusiasmo. No geral, consigo perceber, pelo menos, a ideia base, uma vez que muitas palavras são semelhantes ("particule", "trajectoire", "fluide")... Uma coisa boa é a avaliação ser por oral, algo que acho que faz bem mais sentido em mestrado, e a poder fazer em inglês caso assim o prefira.

Depois, fui ao Parlamento com uma bacana brasileira que conheci pela noite bruxelense mas chegámos tarde demais para o visitar e ficámo-nos pelo Parlamentarium, o centro didático com uma exposição sobre a história da UE, que também não tive tempo de ver como deve ser (sendo, portanto, provável que lá volte). No fim-de-semana estive em Louvain-la-Neuf para os anos de uma nossa, numa noite porreira, mas depois já de madrugada decidiu-se ir no dia seguinte a Ghent e o resultado foi termos lá chegado já depois das 16h, ou seja, com três horas de sol ou pouco mais.

A malta de LLN queria lá ficar num hostel, nós não, mas como só começaram a ver disso às 21h, voltaram connosco para Bruxelas, onde, a irmos para casa, saí de um autocarro noturno para ir buscar o resto do pessoal, que depois já estava noutro, e como resultado tive um não muito bacano a abordar-me e já a falar em me acompanhar a casa, isto após o novo autocarro se ter atrasado e ter acabado a pagar 12€ de táxi. A conclusão a que cheguei é a mesma a que chego sempre: ou saio com malta decidida a fazer as coisas e a ir aos sítios e a não se prender pelos outros, ou saio sozinho.

Esta semana vou tentar adotar uma rotina (bem) mais contida em termos de gastos, até porque irei à Oktoberfest no dia 30 e já gastei mesmo bem mais que o que queria e devia, apesar de, enfim, serem os primeiros dias e as despesas de passes e afins virem todas agora. Uma despesa que não acontecerá é a de usar as bicicletas da cidade; devido a uma promoção, terei agora seis meses sem pagar subscrição, pelo que, se andar no máximo meia-hora seguida, não pago nada - e para qualquer um dos campi demoro somente uns dez, quinze minutos. Depois de ir a Munique, estou a pensar em ir a Liège e a Dinant com o grupo de Erasmus durante o próximo mês, passar os meus anos em Amesterdão e outras cidades da Holanda, ir talvez à Polónia em Dezembro e, caso ainda dê, ir a Anfield Road - afinal, não trouxe a camisola dos Reds apenas para me obrigar a mudar as malas na altura do check-in no aeroporto.

Quanto à vida por cá, uma coisa é perder-me na matéria em português, outra é fazê-lo em francês, pelo que, e eu sei que digo isto todos os semestres, neste irei mesmo tentar ter tudo em dia. Terei seis cadeiras, em que uma delas, Techniques of Artificial Intelligence, será essencialmente de programação (coisa que eu mal faço desde 2012) e a tal cadeira de Plasmas que tenho obrigatoriamente de fazer, Dynamique des fluides et des plasmas é, como já referi, mais fluidos que outra coisa, que é provavelmente a área da física com a matemática mais complexa - e a cadeira de meios contínuos que tive na FCUL foi a maior palhaçada.

De resto, tenho amanhã/daqui a oito horas um teste de nível de francês para um curso de 3 ECTS, 30 horas. O meu nível é provavelmente alto demais para este curso, uma vez que na descrição do mesmo vem "A2 -> B1/B2" e eu já tenho o B1 e muitos francófonos me dizem que me safo bastante bem, mas o problema de me ter inscrito no de 5 ECTS (60h) era que, assim, ficava com menos tempo para um de flamengo que quero também frequentar.

É verdade que não tenciono voltar a pegar nessa língua depois de me ir embora de Bruxelas, mas já que cá estou, quero aprender alguma coisa e quando receber os ordenados milionários que se diz que os formados do MEFT têm, poderei aprofundar melhor o idioma gaulês - nem que seja no BNP Paribas, que vejo por toda a cidade e vai ao Técnico recrutar jovens engenheiros. Pena que não seja a minha cena. Depois, sugeri à Marta trocarmos postais enquanto cá estou e ela achou boa ideia; é uma cena engraçada de se fazer e dá para amenizar um pouco o facto de agora só a voltar a ver em dezembro. Pelo menos ficar a conhecê-la melhor é garantido, espero.

Pedro Mendes

segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Bruxelas - semana 1

Num jantar com uns tios meus na passada terça-feira, surgiu a ideia de ir escrevendo o que vai passando durante a minha estadia em Bruxelas, onde estarei no primeiro semestre deste ano ao abrigo do programa Erasmus+, e acho que é algo que vou cumprir numa base semanal: assim, não corro o risco de, quando contar as histórias, me lembrar das memórias e não do que aconteceu em si, além de que raramente me aborrece escrever e ainda mais sobre o que vou fazendo.

Não pensei que fosse acontecer, mas estou com alguma inércia inicial agora nestes dias. O meu grupo tem sido eu, a minha colega de casa (Filipa), que conheci no curso de Francês na FLUL, um colega meu de curso no Técnico (Nelson) e uma italiana (Ilaria), uma espanhola (Mireia) e uma suíça (Seline, que pensava que era alemã pois é de Friburgo que, para mim, só existia nesse país da União Europeia). Estas três últimas fazem parte do grupo mais aleatório de sempre; fiz um post numa página de Erasmus para arranjar casa, elas as três deram like e/ou comentaram, e criei um chat em conjunto; acabámos por ficar os quatro em habitações diferentes, mas agora não se iria ficar apenas pelo Facebook. A casa é bacana, o senhorio é fixe e a Filipa, apesar de ser preciso puxar por ela, costuma alinhar nos planos do pessoal - a quem ontem se juntaram amigos nossos de Leuven, aqui perto.

Tenho tentado falar o máximo possível em Francês, especialmente com os locais. Com outros estudantes de Erasmus, a equação é simples: se são brasileiros, falamos Português, se são espanhóis, não falamos Inglês (com a Mireia, ou falamos Espanhol ou, quando ela começa a puxar para o anglo-saxonismo, eu mudo para o idioma gaulês), com canadianos, como com os que conhecemos ontem, depende do número de cervejas em cima. Que são mesmo muitas, mesmo para um gajo se perder de vez em quando.

O tempo tem estado bom, ao que parece, melhor que o normal, mas o Miguel, o meu senhorio, já avisou que para o mês que vem isto é coisa de começar a anoitecer por volta das 16h30. É demais, mas um gajo habitua-se; o que é mais estranho é mesmo a casa-de-banho ser no piso de cima, sendo que são quatro, e para ir às compras ter de me deslocar a cada uma das patisseries, boulangeries, brasseries e outras coisas acabadas em -ies - onde é tudo muito mais caro que em Portugal pois hoje, por exemplo, não comprei nada de especial e gastei 25€, o que no Pingo Doce da Carlos Mardel me deixa abastecido por uma semana. São estas as coisas que tenho vindo a estranhar, dado estar habituado à minha vida simples em Lisboa, mas pelo menos tenho a noção disso e portanto vou lutar contra esta "preguiça" até ela desaparecer.

Depois, é raro eu ser o gajo que não quer andar em grupo, mas hoje, quando fomos ver o Sporting levar três do Rio Ave aqui ao Café Portugal (com SuperBocks e a Casa do Benfica, portanto, perto de ser o Paraíso), reparei que o pensamento genérico do pessoal é "se todos forem eu também vou, então" e "não me apetecia muito mas não ia ser o único a não ir". Pessoalmente, gosto quase sempre de ter companhia e é raro não a querer, mas há já alguns anos que deixei de não fazer seja o que for por estar sozinho - o que é uma maneira de pensar que me faz sempre receber um clássico "então mas vais sozinho?!" mas, ao pé da minha colega polaca no Técnico com quem fui ao Algarve em Julho, o meu individualismo não é nada. Se a malta vier comigo é fixe, se não, dia 30 estarei na mesma em Munique para a Oktoberfest sem problema nenhum.

Tenho este blog há uns cinco anos mas não sei de ninguém que o leia sem ser quando espeto o link de uma nova publicação no chat do Facebook e, como tal, isto é um pouco como quando nas madrugadas de Lisboa vou nu, sem óculos nem lentes, para a varanda após ter estado em vias de facto no meu quarto (especialmente agora que já tenho o estrado da cama arranjado); se eu não consigo distinguir ninguém a olhar para mim, então não me causa qualquer confusão que o estejam a fazer. Portanto, como, até ver, e de certo modo ainda bem que assim o é, o Uspeti é quase como escrever no Word e guardar numa pasta qualquer, vou falar de relações nestes posts, coisa que evito ao máximo fazer em público na internet.

Nesse mesmo dia em que fui jantar a casa dos meus tios, fui em seguida ser entrevistado para o Observador, tendo em vista um artigo sobre o MEFT ser agora o curso com maior média de entrada (que pode ser lida aqui). A entrevistadora, que já nos seguíamos no Twitter há alguns meses, conseguiu surpreender-me e ser uma pessoa ainda mais interessante que o que eu pensava, o que tem sido cada vez mais difícil de encontrar. Digo, encontrar que não tenha já namorado, o que, na verdade, faz sentido: se eu considero uma tal rapariga um bom partido, certamente que não serei o único a fazê-lo, e vice-versa. Por isso é que foi mesmo fixe tê-la conhecido termos ido depois ao Real depois da entrevista, e tê-lo-ia sido ainda mais se no dia seguinte ela tivesse podido ir ter comigo ao PubhD, uma das melhores iniciativas de Lisboa. Não pôde e eu agora vim para Bruxelas, porque enfim, quando finalmente encontro uma potencial "a tal", se não está comprometida, é porque eu vou passar três meses no centro da Europa.

Como disse, é-me cada vez mais difícil encontrar um gaja que ache que valha de facto a pena. Já estou farto de estar em cenas que sei que não vão dar, e que provavelmente até poderiam dar e eu é que adoto desde logo essa mentalidade, mas isso é porque, nas que achei que iriam, foram elas que acabaram, e eu fico sempre todo fodido (o que não se verifica ao contrário, e ainda bem). Por isso, não sei bem como será a minha vida aqui nesse aspeto, tenho evitado pensar muito sobre o assunto, o que é impossível mas pelo menos vou tentando e, conhecendo, duvido mesmo que me envolva em algo de especial. Só sei que, conhecendo a minha cabeça dura, vou chegar a Portugal e querer na mesma voltar a sair com a Marta, aconteça o que acontecer por cá; quero bué voltar a ativar o modo Disney, como dizem os meus amigos para gozarem com o facto de me estar a cagar para colecionar gajas, e isso não será em Bruxelas de certeza. Se será com ela ou não, veremos.

Pedro Mendes

domingo, 11 de setembro de 2016

A hipocrisia da Praxe

Não é novidade nenhuma que somos um país do "parecer bem". Não gostamos de ser criticados - só gostamos de críticas "construtivas", o que, como li recentemente, em Portugal só os elogios é que entram nesta categoria -, gostamos de falar mal por fora mas, quanto a fazer de facto algo para mudar aquilo que achamos que está mal, aparecem os "enfins" e os "mas pronto, ...". No fundo, queremos é sentir-nos bem connosco próprios, tendo para tal o mínimo trabalho possível.

Por isso mesmo é que todos os anos aparece a palhaçada da conversa anti-Praxe. O Ensino Superior está cheio de problemas, que enumerarei mais à frente, mas o que importa são as cartas abertas, as sugestões, enfim, todo esse folclore na comunicação social tendo em vista "fomentar o debate" quanto à legitimidade, ou o que lhe quiserem chamar, da tradição académica.

É uma boa tática para distrair do que está mal na Universidade, não digo que não. Afinal, a opinião pública é, no geral, contra a Praxe, uma vez que uma notícia do género "aluno de Gestão em Coimbra chora na Queima das Fitas após cinco anos ligado à Praxe" não vende; porém, se o título for "jovens estudantes da UMinho caem de penhasco após ordem de veterano", é para dobrar a tiragem encomendada!

Esta atitude é, acima de tudo, encabeçada pelo nosso Ministro da Ciência e do Ensino Superior, Manuel Heitor. Um homem quanto ao qual, como não conheço pessoalmente, não seria correto da minha parte fazer juízos de valor e que respeito como ser humano, mas que tem sido bastante infeliz nas suas declarações quanto à Praxe - parecendo-me, até, que está a ter dificuldades em deixar de lado a sua opinião quanto à situação.

Não tapemos o sol com uma peneira: há muitos retardados na Praxe (tal como em todo o lado, de resto), cujos atos, se assim o justificar, devem ser criminalizados e os seus praticantes, punidos. Agora, é função de um Ministério preocupar-se com o que os alunos fazem por serem precisamente isso, alunos? Não haverão problemas muito mais graves, como:

- A qualidade dos serviços académicos, muito burocratizados e, alguns, sem suporte online, cujos erros, deliberada ou indeliberadamente, acabam por prejudicar, não assim tão poucas vezes, os estudantes em matérias de escolhas de horário, de cadeiras e de pedidos de documentos (não incluídos na ninharia que é a propina de 1065€)?

- Os professores que "marcam" os alunos que não gostam (não digam que não acontece, por favor), que assediam estudantes durante as atividades curriculares, que criam a sua escala tendo em vista a nota que obteram "no seu tempo"?

- A transição para o mercado de trabalho, feita, muitas vezes, via estágios não-remunerados e sem os alunos terem a preparação adequada?

O meu curso é, neste momento, a par de Engenharia Aeroespacial, aquele que teve a maior média de entrada no concurso nacional de acesso ao ES. Os meus colegas partilham a notícia nas redes sociais, a coordenação envia um e-mail a felicitar-nos por este "feito"... E eu pergunto, é isto que faz um curso bom? Um curso que tem, na descrição, "formar capital humano"? Falamos duma faculdade que se preza pela exigência e o ensinar a pensar, ou numa fábrica? Mas mais ridículo ainda, é a rivalidade que se criou com Medicina - curso quanto ao qual acho simplesmente abominável que o método de entrada seja a nota numa, ou numas, prova(s) escrita(s) de uma, duas, três horas.

Continuamos a ser uma terra de doutores, a querer parecer inteligentes e a gabar-nos disso. E no meio disso tudo, desviamo-nos do problemas essenciais. Entre ataques à Praxe e vangloriação de estarmos num curso com alta ou baixa média, esquecemo-nos do que está mal no ensino e podíamos/devíamos mudar. Durante a minha licenciatura, na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, pensei "não faz sentido os alunos não terem poder de decisão na escolha do calendário de exames".

O que é que eu fiz? Opção A - "mas enfim, é assim que é e pronto"; opção B - juntei-me ao Conselho Pedagógico e, no Verão seguinte, o calendário, antes de ser aprovado, foi enviado para os representantes de curso e as suas sugestões recebidas e tidas em conta (sendo que, quando terminei o 1º ciclo e saí da FCUL, logo também do CP, isso nunca mais voltou a acontecer). Espero que seja fácil de acertar.

Não sou um aluno brilhante. Fui-o até chegar ao Ensino Superior mas, assim que me apercebi da maneira mais fácil de fazer o curso e conseguir participar em simultâneo em todas as atividades extra-curriculares que me interessam, é essa que sigo e, como tal, licenciei-me com média de 13 - com 20 anos, o mais novo que conheço que tenha feito o mesmo - e conto terminar o mestrado com, na melhor das hipóteses, uma classificação de 15 valores. Por isso, posso sempre levar com o argumento de "falas muito, mas depois também não te esforças pelas coisas" e aceitá-lo; afinal, é raro achar que a minha opinião sobre alguma coisa é factual e não apenas algo que me é subjetivo.

Porém, e apesar de me considerar, e me considerarem, um tipo humilde, não gosto de ser modesto e se toda a gente tivesse a minha proatividade, tenho a certeza de que o estado do Ensino seria melhor. Porque se eu, com os meus 18/19 anos, consegui algo tão óbvio, mas tão pouco evidente para os encarregues de o fazer, de pôr os estudantes a terem voto nas suas avaliações, de certeza que conseguimos almejar muito mais. Basta estar para isso.

Quanto à Praxe, se há razão pela qual continuo a passar na FCUL e a querer saber o que vai acontecendo por lá, não é por ter saudades das aulas (ou pelo menos não é essa a razão principal). É porque foram as cerimónias académicas nas quais estive presente que me incutiram esse sentimento. Porque aos professores, o que é dos professores, mas aos alunos, o que é dos alunos.

Pedro Mendes