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domingo, 26 de agosto de 2012

US Open - antevisão

Começa amanhã o último torneio do Grand Slam da temporada, o Open dos Estados Unidos. Não irei acompanhar a primeira semana devido a só voltar de férias no domingo, mas deixo aqui a minha interessante antevisão - achavam mesmo que o US Open podia começar sem eu o antever?! Podia... mas não era a mesma coisa.

O destaque desta edição vai, antes de mais e infelizmente, para a ausência de Rafael Nadal. O vencedor em 2010 e finalista vencido em 2011 lesionou-se ainda durante a época de relva (onde não conquistou qualquer título e não venceu mais do que um encontro quer em Halle, quer em Wimbledon), pelo que além de ter falhado os Jogos Olímpicos foi/será também uma ausência nas US Open Series que culminam nestas próximas duas semanas em Flushing Meadows.
Em termos pessoais, Nadal já fez saber que o que lhe importa neste momento é recuperar a sua condição física e voltar em grande para o final da temporada; o espanhol já venceu, como já disse, em Nova Iorque pelo que apesar de ser sempre mau falhar um torneio desta categoria não será propriamente um grande golpe na carreira de um dos poucos tenistas que já completou o Golden Slam.
O maior problema, ainda que o próprio tenista de 26 anos o desminta, é o ranking. Caso Andy Murray chegue à final ultrapassará Rafael Nadal no 3º posto do ranking ATP, fazendo o maiorquino cair para o seu pior ranking em 5/6 anos. Porém, Murray tem uma meia-final teórica com Roger Federer (penta-campeão do US Open, um desses triunfos frente ao próprio nº1 britânico) pelo que será uma tarefa complicada para Murray.

Bem, passando à antevisão propriamente dita. No quadro masculino apostaria numa vitória do Nole; apesar da temporada aquém das expetativas - que não deixa de ser muito boa, mas comparando com a passada será sempre pior - parece que o sérvio voltou à sua melhor forma agora nas US Open Series e espero mesmo que repita o triunfo de 2011. O seu quadro não é muito complicado, tirando um potencial embate com Del Potro nos quartos-de-final - também ele um antigo campeão - pelo que, na sua melhor forma, a -final é perfeitamente atingível. Depois, é vencer 6 jogos por set em pelo menos três ocasiões...

Nas mulheres, é mais uma vez um quadro aberto mas penso que ganhará a Serena Williams. Motivadíssima da época de relva perfeita que fez, a norte-americana chega a Flushing Meadows praticamente na sua melhor forma e, em casa, tem tudo para emendar a final perdida no ano passado para Samantha Stosur - que, infelizmente, não me parece que repita pela sua inconstância habitual. Victoria Azarenka e Maria Sharapova também são favoritas à vitória pelo que têm feito este ano no circuito, e também Kim Cljisters; a belga, tri-campeã do torneio, anunciou que se vai retirar no final desta edição do US Open e de certeza que quererá acabar em grande estilo.

E é tudo, mais uma vez. Vejam que vale a pena, e já agora sigam http://www.youtube.com/user/LadoToficial
Cumprimentos,
Pedro Mendes

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Jogos Olímpicos

E finalmente volto a postar aqui no Uspeti. Desde Wimbledon que não tenho tipo muito tempo, paciência ou disponibilidade para o fazer - nem fiz a antevisão dos Olímpicos - mas agora que terminaram aqui vem um novo post, mesmo estando eu de férias.

No geral, não foram as medalhas que eu mais teria desejado mas posso dizer que até nem fiquei muito desapontado. Os meus favoritos Novak Djokovic e Ana Ivanovic não ganharam qualquer medalha mas estiveram bem, e isso é um bom indicador agora para as US Open Series.

Começando pelo quadro masculino. A medalha de ouro foi para Andy Murray, que se tornou no primeiro britânico em 100 anos a vencer uma medalha de ténis nos Olímpicos, além de ter vingado a derrota naquele mesmo local para Roger Federer na final de Wimbledon - e impedindo o suiço de fazer o Golden Slam, naquela que foi provavelmente a sua última oportunidade para tal.
Penso que o Andy já merecia um título desta categoria. Ele tem evoluído imenso nestes últimos dois anos e, apesar de ainda não ter um Major ganho (em quatro finais disputadas), este título vai-lhe certamente dar imensa confiança. Já na final de Wimbledon ele entregou tudo o que tinha e acabou por perder - para o melhor de sempre, sim. Agora, nos Jogos Olímpicos do seu país, este ouro é muito merecido.
Já o Federer, pronto foi pena não ter completado o Golden Slam. Obviamente que ele já merece uma medalha de ouro em singulares (é mesmo o único título que lhe falta) mas parece que ainda não é desta - apesar de já ser muito bom, é a primeira medalha que o recordista de vitórias em Majors vence, em singulgares, nos Olímpicos. Ele mesmo disse sentia que podia ir ao Rio de Janeiro em 2016...

Já a medalha de bronze também foi bem atribuída. Apesar de ser fã incondicional do Djokovic, o Del Potro esteve muito bem naquela meia-final épica (merecia ter vencido, na minha opinião) e portanto acho que era mesmo muito injusto ele sair sem nenhuma medalha. O Nole já tem o Bronze ganho em 2008, portanto o que importava era mesmo ele ter ido à final.

Agora falando do quadro feminino. Foi um torneio completamente avassalador por parte da Serena Williams, que venceu na final Maria Sharapova por 6-0 6-1! Se já é bom vencer o Ouro, ainda para mais é derrotando uma antiga líder do ranking e também ela com o Career Slam completo... ah, e que com apenas 17 anos venceu a mesma Serena Williams neste mesmo piso, para a final de Wimbledon.
E bem, com isto tudo, juntando à medalha de ouro em pares com a sua irmã Venus (neste caso, foi "só" uma revalidação de título), Serena Williams torna-se na primeira mulher da história da modalidade a completar o Golden Slam - 4 Majors + medalha de Ouro - quer em singulares, quer em pares! Simplesmente incrível por parte daquela que é para mim a melhor tenista da história. E continuo com esta pergunta: e agora, para quê continuar no circuto?
E a Sharapova, também ela uma regressada ao circuito (ainda há dois meses venceu o Open de França e completou o Career Slam), está de parabéns. À semelhança do que se passou no quadro masculino, também o finalista derrotado falhou o Golden Slam - porém, Masha ainda não terá 30 anos em 2016.

Quanto à medalha de bronze, foi justamente para Victoria Azarenka. A bielorrussa começou muito bem o ano ao vencer o Open da Austrália e foi a tenista que mais tempo liderou o ranking (perdeu-no no final de Roland Garros mas depois de Wimbledon voltou "lá acima"). Ela tem tudo para liderar o circuito nos próximos anos, tem evoluído bastante. Ah, e também venceu mais uma medalha: Ouro em pares mistos.

É tudo. Cumprimentos e boas férias,
Pedro Mendes