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domingo, 29 de abril de 2012

Estoril Open 2012

Começa amanhã a 23ª edição do Estoril Open. É torneio tenístico de maior prestígio realizado em Portugal e o único a par dos Masters 1000 de Madrid e Roma (o EO é da categoria ATP 250) que se enquadra quer no circuito WTA, quer no circuito ATP.

Mas antes de falar sobre o Estoril, vou deixar um breve comentário às vitórias de Rafael Nadal e Maria Sharapova (curiosamente, são ambos os atuais vice-líderes mundiais) em Barcelona e Estugarda, respetivamente.

No caso do Nadal, foi mais um dia na vida do melhor tenista de sempre em terra batida. Ganhou o ATP 500 de Barcelona pela sétima vez em oito anos, derrotando na final o nº2 espanhol David Ferrer - que, para mim, é provavelmente o segundo melhor jogador do circuito em terra batida mas é constantemente ofuscado pelo compatriota. Hoje até foi um jogo bem mais renhido; Rafa venceu por 7-6 7-5, tendo estado abaixo um break no segundo set.
Com esta vitória o maiorquino defende com sucesso o triunfo do ano passado (adivinhem lá, o adversário também tinha sido o Ferrer!) e agora só lhe falta ganhar em Roland Garros para defender os três títulos de 2011. Mas, até lá, espera-se que Nadal invista fortemente em vencer nas capitais espanhola e italiana no mês que vem.

Quanto à vitória de Sharapova, já não era assim tão certa. A russa derrotou Victoria Azarenka pela primeira vez este ano, depois de ter perdido no jogo decisivo do Open da Austrália e de Indian Wells e conquistou o primeiro título do ano. Já era tempo, depois de tantas finais perdidas!
Sinceramente, nunca pensei que a Maria fosse ganhar. Primeiro, porque foi contra a nº1 mundial (que só perdeu uma vez este ano, salvo erro) e depois porque tem tido dificuldade nas finais mais recentes que tem jogado. Mas rapidamente vi que estava enganado, pois a Sharapova fez um grande jogo e, categoricamente, venceu por 6-1 6-4 em 1h22min. Foi uma grande exibição em terra e, numa altura em que não há nenhuma tenista especialmente dominadora nesta superfície, esta vitória poderá motivar a russa a, quem sabe, aspirar a vencer em Roland Garros - único troféu do Grand Slam que lhe falta.

Agora passando ao Estoril Open; espera-se mais uma grande edição do evento, apesar das (habituais, infelizmente) baixas de última hora. Nomes como Gael Monfils - este pelo segundo ano consecutivo - e Juan Carlos Ferrero anunciaram esta semana que não vão estar presentes em Portugal, o que de facto não é bom para o torneio... Mas ainda assim, teremos Juan Martin del Potro (campeão em título), Richard Gasquet e Stanislas Wawrinka no Jamor, além dos portugueses Rui Machado (nosso melhor tenista de sempre) e Frederico Gil (finalista em 2010)! Além de, claro, termos 5 portugueses no quadro principal e a certeza de que pelo menos dois deles vão aos oitavos-de-final.
Esperemos que seja um torneio cheio de emoção, boa-disposição e, principalmente, ténis! Acompanhem tudo em www.bolamarela.com.

É tudo, cumprimentos e boa semana
Pedro Mendes

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Monte Carlo

Ontem foi a final do primeiro evento da temporada em terra batida, pelo menos aquele no qual a maioria dos tenistas de topo se estrearam na preparação para Roland Garros. Disputado no principado do Mónaco, o Monte Carlo Rolex Masters é o terceiro evento da categoria Masters 1000 da temporada, e o primeiro em terra batida; é também o único dos nove M1000 que é facultativo aos tenistas mais cotados.

Para mim, Monte Carlo'2012 marca um ponto de (re)viragem no ténis. Não diria uma volta de 180º no paradigma tenístico mundial, mas tenho a certeza que muita coisa vai mudar. Porquê? Porque, se não é novidade ver Rafael Nadal ganhar em Monte Carlo (o maiorquino tem-no feito desde 2004, um recorde no circuito ATP), é a primeira vez nesta década que o nº2 mundial consegue vencer Djokovic.

Desde a meia-final do Masters de 2010 que o Nole tinha vencido o Rafa em todo o lado. Em hardcourt (Indian Wells, Miami, US Open, Australian Open), em relva (Wimbledon) e até mesmo em terra batida (Madrid e Roma) o sérvio havia vencido as últimas sete finais que tinha disputado com o espanhol.
Porém, essa série acabou no passado domingo. Após aquele encontro épico na final do Open da Austrália, onde qualquer um podia ter ganho, Nadal conseguiu corrigir os erros do passado e mostrou quem manda em Monte Carlo; o melhor tenista de sempre em terra, para mim e para muita gente, derrotou o nº1 mundial por 6-3 6-1 e mostrou que está pronto para o ataque de Djokovic à vitória no Open de França, o único título do Grand Slam que lhe falta. Parece que vamos ter grande embates nesta temporada de terra!

Claro que o Nole podia ter jogado melhor, mas não o fez. Mérito para Nadal, principalmente, mas também há que ter em conta a notícia da morte de Vladimir Djokovic, avô do melhor tenista do mundo, recebida a meio do evento. Já ter chegado à final é uma vitória (mesmo em termos de ranking, a vantagem do sérvio aumenta em 100 pontos) e de certeza que o Nole irá dedicar um título ao seu avô em breve.

Votem na sondagem!

Cumprimentos,
Pedro Mendes

domingo, 15 de abril de 2012

Clay season preview

It's been a while since the last time I've written in English, and as long as the most popular post is in Shakespeare's language I feel in the mood of writing again in this language.

So, clay season starts today with the third Masters 1000 of the season in Monte Carlo - also, the first of 3 M1000 played on clay. After Monte Carlo Rolex Masters, we'll also have the Mutua Madrid Open and the Internazionale BNL d'Italia in the same category, and one ATP 500 tour in Barcelona. In addition, of course, one of many ATP 250 is here in my country - Estoril Open, the only combined clay tournament besides Madrid and Rome.


My expectations for men's tournaments are very high to Rafael Nadal. The best player on clay ever (for many people, including me) has the capacity of defending successfully his titles in Monte Carlo and Barcelona and winning in Spain and Rome's capital-cities as well - last year he lost both for Novak Djokovic, when Nole was on his outstanding winning streak. That's the very point of this clay season: has Djokovic capacity for defending his 2500 points (Belgrade, Madrid and Rome) in 2012? He's doing another great season with two titles won so far, but he already lost twice - last year he reached Belgrade with four titles and 4500 won, today he "just" has 3000 points this season. Of course he's the world number 1 unquestionably and playing very well, but he's not as strong as he was 366 days ago... and Rafa already knows (at least he should know) why he lost in Madrid and Rome last year. I believe in Nole as I always do but it gonna be tougher this season.


About women's, the principal tournaments on clay pre-Roland Garros are played in Barcelona (two weeks before ATP's one), Stuttgart, Rome and Madrid (this last two are played simultaneously with men). Despite Victoria Azarenka being the #1 with just one loss this season, we don't actually have a female tennis player that stands out on clay. The very Victoria Azarenka is good on clay but not as good as on hardcourt. Petra Kvitova, Maria Sharapova are also pretty good on the surface, and former Roland Garros champions Li Na and Francesca Schiavone (both in bad shapes) have their best results on clay. And we also have the Germans Julia Goerges (won Stuttgart last season) and Angelique Kerber, that just defeated Caroline Wozniacki in Copenhagen and is one of 2012 surprises.
About Ana Ivanovic, she has few points to defend on clay so she has all of possibilities of improving her ranking in the next months. Ajde

That's all. Thanks for reading,
Pedro Mendes

domingo, 8 de abril de 2012

Vitória de Serena Williams em Charleston

Não tenho tido muito tempo ou paciência para escrever aqui. Agora nas férias estive fora na primeira semana e nesta tenho descansado, além de que não via um encontro de ténis há algum tempo... Porém, hoje vi a final do torneio de Charleston a dar e resolvi ver o jogo até ao fim para voltar a escrever aqui, que sei que os meus seguidores não dormem a pensar no próximo post xD


Podia dizer que foi um bom encontro, mas não foi. Pelo menos no geral, pois a Serena deu um banho de ténis à Lucie Safarova - que não jogou mal, mas nunca conseguiu contrariar o jogo da norte-americana.
A Serena, para mim uma das tenistas mais inteligentes do circuito, jogou a grande nível, alinhando winners (principalmente de esquerda) de qualquer parte do court e apresentando um serviço fortíssimo - salvou os quatro break-points que enfrentou e alinhou 5 ases, um deles para fechar o encontro. 

Parece estar mesmo de volta ao seu melhor nível, ela que tem 27 torneios do Grand Slam (13 em singulares e 14 em pares) e que venceu agora o 40º torneio da carreira, primeiro da temporada. Veremos se conseguirá manter a forma e voltar às vitórias em Grand Slams; para Roland Garros, não vejo nenhuma tenista especialmente boa em terra que lhe faça frente...

Quanto à Lucie, o melhor que fez hoje foi ganhar um jogo em branco. Ela que ontem tinha aplicado uma bicicleta à Polona Hercog na meia-final (duplo 6-0), hoje apenas ganha um jogo... Como já disse, não é que tenha jogado mal mas não tem experiência e força mental para fazer frente à Serena. Pelo menos ainda, pois considero-a uma das tenistas esquerdinas com maior potencial do circuito.