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terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Bruxelas - Semana 14

De volta a Portugal. O título é o que é pois, de facto, a semana passada foi a décima-quarta que passei em Bruxelas - se bem que, contando os dias inteiros passados na capital da Europa, esses foram apenas dois. Escrevo apenas hoje pois andei ocupado em ir ao Técnico para saber mais sobre a reestruturação do curso e tratar de arranjar orientador para a tese, e ainda em ir à FCUL ver o pessoal e organizar um jantar cá em casa ontem - que, como sempre, teve mais pessoas que o que devia ter pois eu quero sempre convidar toda a gente e esqueço-me da logística. Mas ya, é melhor isto do que partir uma perna.

Tal como escrevi no último post, voltei de Ljubljana na segunda-feira e depois, essencialmente, fiquei em casa até ir ajudar o Luis, um dos meus grandes amigos de Erasmus, numas provas de Inglês para entrevistas de emprego em Madrid, tendo jantado em casa dele num serão fixe com a família da colega de casa dele e ainda um irlandês que me disse que, na escola dele de puto, haviam uns doze sotaques, após eu lhe ter dito que num país tão pequeno com a Irlanda provavelmente isso não seria tão significativo como no Reino Unido. Afinal ya, é.

Em seguida, terça fui a uma banhada de uma conferência para estudantes de Erasmus, que era de borla para nós mas 10€ para o comum estudante e 50€ para o resto - eu nem isso em amendoins teria dado. À noite, fui com um amigo português que esteve lá ao Scott's Bar, para a última Erasmus Tuesday, e em seguida para o Delirium, onde uma gaja toda narsa foi contra ele e então o amigo/namorado/pai dela nos pagou uma rodada com o seu American Express tirado duma carteira cheia de papéis. Ah, o capitalismo. Na quarta, fui ao último treino de voleibol antes do próximo ano, onde conheci uma moldava bacana, e tive a última aula de Didática, que consistiu basicamente em falar durante 45min (20min para mim, pois cheguei atrasado), ir depois perguntar ao professor como é que era, e ele dizer que ya, a cadeira acabou, todos passaram, agora as notas saem em Janeiro, sem exames, sem nada. Tá-se bem.

Na quinta, tive as últimas aulas de Fluidos e Nanofísica, onde tentei dar o toque para a oral - em Fluidos, que na verdade se chama Dinâmica de Fluidos e Plasmas, não chegámos sequer a falar na última parte, e eu estava na cadeira para isso, pelo que fui dizer isso ao professor mas não sei se terá grande efeito -, e parti finalmente para Hamburgo. Na sexta de manhã, apanhámos o ferry e fomos passear pelo distrito português, onde almoçámos no Sr. Júlio, um nortenho onde já tinha ido com o Luis na vez anterior e que te serve pão com manteiga de alho de borla e com um menu de almoço de 6€ que inclui sopa e prato, mas um prato tão bem-servido que pedimos para guardar e ainda o fomos jantar à noite em casa. Como a Hanna trabalha às sextas e sábados, precisamente quando eu estive lá, foi posteriormente para a Iitala, a loja dela no centro, e eu fui para o meu primeiro free tour, este por St. Pauli e pelo porto, voltando a apanhar transporte aquático. Foi bastante interessante e deu para conhecer este distrito tão alternativo, por onde voltaria a estar no dia seguinte, desta vez num tour de arte urbana e onde fiquei com o contacto de um australiano bué australiano. Ainda passei pelo estádio do St. Pauli para comprar um emblema - e acho que fiquei um bocadinho fã -, antes de ir apanhar a Hanna na loja e ainda irmos passear um pouco pelo lago, dar um salto a um bar que ela conhecia e ir finalmente para casa.

No sábado, último dia, ela já entrava às 10h, pelo que eu fiquei até mais tarde em casa e fui dar um abraço ao Jöchen, o meu host de couchsurfing na outra vez. Ficámos aí uma hora a falar, com ele a pagar-me o chá e uns bolos tradicionais alemães de cujo nome não me lembro e que levei para Bruxelas, e onde falámos sobre política, uma vez mais. Curto mesmo de falar com ele, aprendo imenso. Depois disso, fui então andar pelo roteiro da arte urbana da segunda maior cidade da Alemanha - e não percebo por que é que o pessoal dá gorjetas de 20€ em free tours, isso é ir contra o conceito porque senão que fossem para um pago - e ainda estive uma hora com a Hanna antes de me vir embora. Gostei bastante de termos estado juntos de novo, e enquanto assim o quisermos, não há qualquer necessidade de rotular as coisas e de pensar no "e depois?". A única coisa que quero saber, e que lhe disse, é que, em caso de guerra, a Alemanha não será propriamente o melhor país para se estar e que quero que ela esteja segura. De preferência, comigo.

Cheguei a Bruxelas às 20h15, fui a casa, jantei, fiz a mala, fui à festa de Erasmus - onde houve, finalmente, boa música -, sendo que o Nenad, o croata que conheci em Hamburgo, estava por lá e veio também à festa, além do Mehdi, um gajo do BEST com quem depois também estive em Copenhaga. Despedi-me do pessoal pouco antes das 4h, pois já estava a ficar merda, e vim mais o Nelson de táxi a casa para dormir (meia-hora, pior decisão de vida) e pegar as malas para ir Schuman apanhar o autocarro e, posteriormente, o avião às 8h15. À chegada, um dos meus afilhados, a namorada dele e um dos meus grandes amigos de infância foram-me buscar ao aeroporto, tendo jantado em casa deste último com mais pessoal, e depois fui ainda a casa de outra amigo e quinei por volta das 18h, tendo ido para casa dormir 3h, depois acordar, começar a ver um filme, dormir mais umas 6h e assim chegar a segunda-feira. Já tinha imensas saudades disto tudo, em particular do pessoal. E de serem 16h e estranhar ainda ser de dia.

Daqui a pouco, vou com o meu irmão e mais o Zé e o irmão para o Tramagal. Regressar, finalmente, a casa. Quanto ao blog, só regressará daqui a três semanas, quando voltar a Bruxelas. Os meus votos de Boas Festas, convosco e com os vossos!

Pedro Mendes

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Bruxelas - Semana 13

Desde que marquei a viagem a Ljubljana, há cerca de dois meses, que sabia que, quando acontecesse, iria significar que estaria a apenas uma semana de acabar o meu Erasmus (ainda terei Janeiro, mas já será altura de exames e, apesar de para mim ser mais ou menos o mesmo, não o será para a maioria das pessoas). E de facto, já posso dizer que estou a menos de uma semana de regressar.

Começando pelo início, na segunda-feira apresentei o trabalho para o curso de Francês, sobre o Tintim. Basicamente, o meu grupo fui eu e três gajos beta, que nem sequer leram a saga mas enfim, há que fazer um trabalho, portanto bora lá com este bacano que parece ativo e interessado. Fomos ao museu Hergé, em Louvain-la-Neuf - recomendo imenso -, onde eles estiveram uma hora e eu quase o dobro, e para o trabalho, deixei 4/5 slides feitos, fui para Hamburgo, volto e nem sequer dez estão. No dia da apresentação, um deles apenas saiu do grupo no Facebook e não apareceu. Mas ya, correu fixe, não falei tão bem como já queria falar mas foi uma experiência e certamente que melhorei. O resto, sabe de si.

Na terça e na quarta, o principal que fiz foi ir à European Angst Conference, uma conferência sobre o estado social e político da Europa, e em especial da União Europeia, atualmente, que contou com nomes como o filósofo esloveno Slavoj Zizek e a Nobel da Literatura alemã Herta Müller - esta última que falou nos discursos de abertura, que eram nas línguas de origem dos oradores mas havendo auscultadores com a tradução para inglês ou francês à entrada, coisa que desconhecia a priori, pelo que fiquei tão entediado que até li o relatório do PISA durante esse tempo. No geral da conferência, deu para concluir que, de facto, a maior parte do "mal" é originada pela inação dos "bons" e não pela ação dos "maus". Esperemos que abramos os olhos em breve, pois prevejo que, caso a Marine Le Pen ganhe para o ano, o que levaria à saída da França da UE, esta caía e, daí até a uma hipotética Terceira Guerra Mundial, era uma questão de meses. O quão eu quero estar errado.

E lá fui, então, para Ljubljana na passada sexta-feira. Fui com a Mireia, a espanhola/catalã (depende se está a ler isto hoje ou daqui a uns anos) com quem já havia perdido o voo para Dublin mas, e dada a importância desta viagem - marcámos logo no início de outubro e ela tem uma grande amiga lá a estudar -, correu tudo bem para ir. Chegámos cedo, fomos a casa da Berta, a amiga, deixar as cenas, fomos comer a um spot bacano que faz refeições de cada país com uma certa periodicidade (comi uma sopa zimbabweana), por exemplo, tendo-se juntado a nós a Nora, a colega de casa da Berta que é galega e que conhece Chaves, e andámos a passear até jantarmos por casa. À noite, já cá estavam o Tomás e a Inês, meus antigos colegas na FCUL, de Biomédica (o meu curso honorário), e fomos só beber essa e ir xonar, pois no dia seguinte havia que acordar cedo.

Sábado, alugámos dois carros, pois éramos oito - tendo ficado a cerca de 20€ a cada, com gasolina e seguro incluídos - e fomos passear pela Eslovénia, tendo ido primeiramente a um lago que agora não sei qual é mas que não achei nada de especial, apenas engraçadito. Em seguida, subimos à catarata de Pericnik, uma coisa incrível mesmo, e seguimos para a mítica Bled, uma localidade construída à volta de um lago lindíssimo. Não estivemos aí muito tempo, o que foi pena, mas ainda deu para comer o bolo típico, muito bom também, ver as vistas e voltar a Ljubljana pois às 17h já estava escuro. Depois de voltar a jantarmos por casa, estivemos ainda por lá com os amigos da Berta e os meus - e a tentar fazer uma torre de latas de cerveja, até que, e após ela estar sempre a cair, caguei só e disse a um dos alemães para as pormos debaixo dos pés e andarmos a fazer ice-skating - e eles foram sair, sendo que eu fui ter com uma eslovena que se ofereceu para me dar couchsurfing.

Foi uma experiência fixe, pois conheci os (bêbedos) amigos dela, fomos sair para o Cirkus, onde ao que parece se paga sempre entrada mas os contactos deste pessoal levaram a que entrasse à pala, um sítio com dois manos a fazerem de DJ USB e a mandarem umas rimas só para disfarçar mas que, pelo menos, não era a merda de Latina e Reggeaton que é por Bruxelas, e bazámos já depois das 4h. Em casa dela, a Ziva ficou com um dos amigos, assumo que (pseudo)namorado e eu na sala com a gata, que ela me tinha avisado que existia. Porém, não esperava que saltasse por todo o lado, se quisesse pôr debaixo do meu cobertor, o que, a juntar à minha alergia, fez com que ainda antes das 8h desse o baza por não aguentar mais. Andei cerca de uma hora sozinho por Ljubljana, que é uma cidade relativamente pequena, pois parei a meio de ir para a praça central num pequeno centro comercial para comer algo e ir à casa-de-banho. O que consegui, pois devia estar com um aspeto tão perdido que, após perguntar à gaja de um café onde era e ela me dizer que não havia, me deu a chave da do staff do seu estabelecimento. E a minha mãe ainda acha que andar barbudo tem desvantagens.

Depois, fui ao hostel dos meus amigos, fomos a um free tour - onde o gajo, um porreiro, voltou a dizer as piadas que todos fazem, seja em Copenhaga, Hamburgo ou Ljubljana -, passámos no Castelo, que se for só pelas vistas, como nós fomos, só vale a pena pelo passeio, deixámos a Inês na estação, fomos para o Tivoli comer ganda hamburguer de carne de cavalo, e depois disso voltámos, fomos de novo ao centro para aí beber um vinho quente (isto sempre a preços modestos) e depois de o Tomás se ir embora, voltámos a casa pois o meu aspeto não melhorou muito desde o episódio com a generosa moça dessa manhã. Ficámos a ver um filme pela noite - quer dizer, eu vi metade, previ o final e fui dormir -, e hoje voltámos a Bruxelas. Podia ter corrido tudo bem, se o avião não se tivesse atrasado, eu tivesse conseguido avisar o gajo do blablacar pois, além de ter mudado de número sem me dizer, o site estar a crashar - o que também não me deixou reservar outro - e, assim, não ter de arrotar dezassete euros para vir no shuttle. Enfim, não será disto que me irei lembrar, ou pelo menos não será o principal. Estes imprevistos todos é que me estão a deixar sem dinheiro nesta reta final, está a ficar complicado e quero mesmo aproveitar o máximo possível antes de regressar.

Esta semana terei imenso que fazer, pois tenho amigos cá, uma conferência sobre competências multiculturais na Europa - explicarei melhor no próximo post - e vou na quinta-feira de novo a Hamburgo, para voltar no sábado, ir à Erasmus Goodbye Party e domingo de manhã estar de caminho para voltar a Lisboa. Para Hamburgo, uma vez que cada viagem é 5€ e demora uma hora, vou para ver a Hanna, a finlandesa com quem estive no início do mês. Não sei no que vai dar, nem quero saber na verdade, pois, e uma vez mais, pensar demais neste tipo de coisas só faz pior; estou descomprometido, apetece-me, a ela também, vamos fazê-lo, ponto. Além do mais, a Marta parece que deixou de me responder, sendo que, caso se deva a isto, não acho justo; falo dela aqui desde Setembro, sugeri-lhe trocarmos postais/cartas, não me parece que seja algo que faça com todas as gajas, ainda para mais estando agora três meses fora. Gostava mesmo que tivéssemos algo e continuo a ter isso como prioridade, mas (por enquanto) não temos, pelo que não devo nada a ninguém; e se fosse ao contrário, aceitá-lo-ia sem problema. Na minha cabeça isto faz sentido, talvez na dela não então, mas isso é só mais uma razão para irmos jantar no domingo e falarmos de vez das coisas. Vamos ver como vai ser no regresso à ocidental praia lusitana.

Um bem-haja,
Pedro Mendes

segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Bruxelas - Semanas 11 e 12

Eu sei, estou de novo uma semana e um dia atrasado, mas ya, ter pessoal em casa, viajar e tal, não tive mesmo tempo em nenhum dos dois passados domingos para o fazer; na verdade, no primeiro não me lembro por que raio não tive mas agora já é irrelevante.

Nesse fim-de-semana, o mais fixe que fiz foi participar numa simulação do Conselho Europeu. Basicamente, cada um dos participantes tinha um papel - lobbista, membro da Comissão, deputado de cada país da UE (ou quase, pois Portugal não estava representado no meu tema, por exemplo) - e haviam, então, três temáticas, sendo que a minha foi sobre a Defesa dentro e fora do espaço europeu.

Com imensos italianos na simulação, calhou-me a mim o papel de representar os transalpinos. Tínhamos uma proposta da Comissão que ia ser submetida ao Parlamento para ser aprovada mas, antes, passava pelo Conselho e podíamos votar por alterações à mesma, consoante os nossos interesses - os meus, por exemplo, era que a Itália fosse a sede dos battlegroups da UE e que fizesse alianças com França e Alemanha, entre outros. No final, consegui que algumas alterações que sugeri fossem aprovadas, quer após negociar com letões e eslovenos, quer britânicos - que basicamente eram contra tudo, é claro - e espanhóis (no caso destes países, curiosamente, eram italianas quem os representava) mas as que incluíam os países "grandes" a mandar foram chumbadas por causa dos votos negativos dos pequenos. No fundo, acho que simulámos bem a cena.

Depois disso, tive cá amigos, e então fiz finalmente um tour pela cidade, andámos a passear e eles tinham space cakes, por isso apanhámos uma moca bacana na terça-feira (isto com cada um a comer um quarto de bolo, imagino os assados que enfardam um inteiro), dois deles foram embora quarta, e na quinta tive cá outro ainda e andámos a passear até eu depois ter as minhas aulas.

Na sexta, fui para Hamburgo com o Luis, um dos gajos com quem mais me dou por aqui. A cidade é muito fixe mesmo, com uma mistura arquitetónica muito bem conseguida entre o novo e o velho, é uma outra versão de Veneza no norte da Europa - os italianos não gostam nada que o pessoal diga isso de outras terras apenas por também terem canais -, com a segunda maior ilha fluvial do mundo, a seguir a, claro está, Manhattan. O gajo onde fiz couchsurfing é que foi mesmo bacano connosco, ajudou-nos com direções, emprestou-me um casaco após ter perdido/terem-mo levado num bar, ainda nos deu comida, mas no geral achei o pessoal careto como o caralho; mal se esforçam para ajudar os turistas e/ou falar inglês. Eu não gosto de generalizar nacionalidades, mas a minha amostra de alemães, a juntar aos dias que passei em Munique e Colónia, não é mesmo a mais positiva.

Isto, claro, excetuando a Hanna, uma finlandesa que conheci no sábado. Íamos no comboio e perguntámos por onde era o City Hall - provavelmente o mais bonito que já vi - a um sírio que mal falava inglês, até que ela interviu para nos ajudar e saiu connosco para nos mostrar o caminho pois trabalhava numa loja na avenida que vai desde a estação central até lá e que, nessa noite, estava à pinha mesmo com uma boa parte dos quase 2M de habitantes da segunda cidade mais populada da Alemanha. Quando nos íamos a despedir, disse-lhe que ia passar mais logo para ver a loja e mesmo apesar do meu amigo achar má ideia, fi-lo, e ela estava de pausa, pelo que perguntei por ela a uma colega sem saber ainda, na altura, o seu nome - tanto que essa colega lhe foi depois dizer que um weirdo passou por lá e para ter cuidado.

Nessa noite, fizemos um pub crawl e disse para a Hanna aparecer, pelo que se juntou a mim, ao Luis e a um croata mesmo bacano que trabalhava nos EUA mas que se demitiu há uns meses e na noite anterior havia gasto quase mil dólares nos bares de strippers e assim. Eventualmente, ficámos sozinhos e envolvemo-nos e ainda fomos a outro bar com o resto até o resto ter desaparecido no último de cinco, ao passo que o Luis já há muito que não se via e começava a ser preocupante. Quanto à cena do casaco, quando o entreguei para o roupeiro, o gajo só deu um papel à Hanna, não a mim, portanto assumi que fosse para os dois, e no final não estava lá nada; ao que parece, vendo as câmaras, um mexicano com quem falámos durante a noite e que era, ou parecia, bacano, levou-o e estou agora a contactar a organização para ver se o encontro.

Voltámos a estar juntos no dia seguinte à noite, lá em casa do Jöchen, o anfitrião onde fiquei a dormir, e depois de novo em casa dela tal como na noite anterior - sendo que, desta vez, já pude sair pela porta e não pela janela. Foi fixe, precisava de algo assim há alguns meses e o melhor foi que correu exatamente como idealizei e com ela passou-se o mesmo, pela primeira vez. Não consegui evitar ficar triste quando me vim embora, e o Luis, que acabou todo perdido nessa noite e que encontrei em casa na manhã seguinte, de direta, disse que a vida é aprender a despedir-se, e deve ser a coisa mais acertada que já o ouvi dizer.

Um bem-haja,
Pedro Mendes