E ao fim do 3º dia, Rafael Nadal derrotou Juan Martin Del Potro e, consequentemente, assegurou a vitória da selecção espanhola sobre a sua congénere Argentina, por 3-1. Com este triunfo, Espanha soma a sua 5ª Taça Davis, a quarta neste século (a primeira ganhou-a a fechar o século passado) e a terceira em quatro anos, após o ano passado ter visto a surpreendente Sérvia, de Novak Djokovic e Janko Tipsarevic, derrotá-la na meia-final e, 2 meses depois, conquistar o seu primeiro título da história.
Pessoalmente torcia pela Argentina, mas sabia que dificilmente o país de Javier Saviola e Pablo Aimar iria derrotar Espanha e vencer a competição à quarta tentativa - curiosamente, na penúltima vez que a Argentina esteve na final perdeu, também, para Espanha, em 2008 -, ainda para mais sendo a final disputada em Espanha e em terra batida. A chave para o sucesso estava em Juan Martin del Potro que tinha a difícil tarefa de derrotar, pelo menos, um dos dois melhores jogadores da actualidade em terra, Rafael Nadal e David Ferrer; Delpo acabou por perder os dois encontros, o que foi um duro golpe nas aspirações celestes, mas bateu-se muito bem e mostrou que está ao nível dos 5 melhores tenistas do planeta.
Quanto ao jogo de pares, tal como eu escrevi na quinta-feira, Argentina ganhou facilmente. O David Nalbandian, apesar de caminhar a passos largos para a reforma, será sempre um exemplo de dedicação e profissionalismo e a dupla espanhola não oferecia garantias a ninguém: o Verdasco pode ser muito bom jogador, mas está a fazer uma época horrível e não é propriamente conhecido por ser bom jogador de pares; quanto ao Feliciano López, bem, é suicídio atribuir a essa amostra de jogador a tarefa de fechar uma eliminatória.
Valeu (outra vez) Nadal à selecção espanhola, ele que é quase impossível de derrotar em terra (e como nenhum dos jogadores da selecção argentina se chama Novak Djokovic...) e ainda para mais em cinco sets - a única vez que perdeu foi na edição de Roland Garros'2009, nos oitavos-de-final, contra Robin Soderling, e actuou longe das suas melhores condições físicas. Mérito também para David Ferrer, que jogou muito bem contra Del Potro, recuperando de uma desvantagem de 1-2 em sets para fechar o encontro em mais de 4 horas de jogo; de resto, o argentino passou mais de 8 horas em court e não ganhou nenhum dos dois encontros.
E assim fecha a época ATP de 2011. Esta vitória deverá dar uma grande dose de confiança a Nadal que, apesar de não ter feito uma má temporada (quem ganha um Major e chega à final de outros dois não se pode queixar muito), foi constantemente ofuscado pelo grande Djokovic e deverá querer começar 2012 em força para recuperar a liderança do ranking ATP.
É tudo. Cumprimentos,
Pedro Mendes
Sem comentários:
Enviar um comentário