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segunda-feira, 23 de abril de 2012

Monte Carlo

Ontem foi a final do primeiro evento da temporada em terra batida, pelo menos aquele no qual a maioria dos tenistas de topo se estrearam na preparação para Roland Garros. Disputado no principado do Mónaco, o Monte Carlo Rolex Masters é o terceiro evento da categoria Masters 1000 da temporada, e o primeiro em terra batida; é também o único dos nove M1000 que é facultativo aos tenistas mais cotados.

Para mim, Monte Carlo'2012 marca um ponto de (re)viragem no ténis. Não diria uma volta de 180º no paradigma tenístico mundial, mas tenho a certeza que muita coisa vai mudar. Porquê? Porque, se não é novidade ver Rafael Nadal ganhar em Monte Carlo (o maiorquino tem-no feito desde 2004, um recorde no circuito ATP), é a primeira vez nesta década que o nº2 mundial consegue vencer Djokovic.

Desde a meia-final do Masters de 2010 que o Nole tinha vencido o Rafa em todo o lado. Em hardcourt (Indian Wells, Miami, US Open, Australian Open), em relva (Wimbledon) e até mesmo em terra batida (Madrid e Roma) o sérvio havia vencido as últimas sete finais que tinha disputado com o espanhol.
Porém, essa série acabou no passado domingo. Após aquele encontro épico na final do Open da Austrália, onde qualquer um podia ter ganho, Nadal conseguiu corrigir os erros do passado e mostrou quem manda em Monte Carlo; o melhor tenista de sempre em terra, para mim e para muita gente, derrotou o nº1 mundial por 6-3 6-1 e mostrou que está pronto para o ataque de Djokovic à vitória no Open de França, o único título do Grand Slam que lhe falta. Parece que vamos ter grande embates nesta temporada de terra!

Claro que o Nole podia ter jogado melhor, mas não o fez. Mérito para Nadal, principalmente, mas também há que ter em conta a notícia da morte de Vladimir Djokovic, avô do melhor tenista do mundo, recebida a meio do evento. Já ter chegado à final é uma vitória (mesmo em termos de ranking, a vantagem do sérvio aumenta em 100 pontos) e de certeza que o Nole irá dedicar um título ao seu avô em breve.

Votem na sondagem!

Cumprimentos,
Pedro Mendes

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