Com a final do Shanghai Rolex Masters de hoje, chegou ao fim a mini-temporada asiática de hardcourt. Disputaram-se cinco torneios nas principais capitais asiáticas; dois da categoria ATP 250 em Banguecoque (Tailândia) e Kuala Lumpur (Malásia), igualmente dois eventos ATP 500 em Pequim (China) e Tóquio (Japão), culminando no já referido Masters 1000 de Xangai, único evento desta categoria disputado no continente asiático.
Ao contrário da temporada passada, em que houve um domínio total de Andy Murray (venceu na Tailândia, Tóquio e Xangai), na temporada deste ano nenhum tenista conseguiu vencer a "tripla" - o que mais se aproximou foi Novak Djokovic, que sai do maior continente do mundo com mais 1500 pontos, fruto de ter vencido em Pequim e Xangai.
Começando pelos eventos ATP 250; na Malásia, Juan "Pico" Monaco venceu o francês Julien Benneteau na final para assim vencer o seu primeiro título fora de hardourt nesta temporada. Tem sido uma temporada bastante boa por parte do Monaco, que eu pessoalmente não gosto muito como tenista nem o acho de calibre top-10, mas o ranking é que manda e se está lá é porque merece.
Mais para Oeste, em Banguecoque, Richard Gasquet venceu o seu primeiro titulo em anos! Depois de já ter perdido uma final este ano, cá no Estoril - onde eu o vi na meia-final a derrotar o Albert Ramos -, o francês venceu finalmente um troféu. Com mais cabeça, Gasquet era um tenista ao nível dos 4 melhores....
Passando a Tóquio e Pequim; houve um vencedor surpreendente na capital japonesa. O tenista da casa Kei Nishikori, agora já cada vez mais uma certeza do que uma promessa, venceu o seu primeiro titulo da carreira logo no seu país natal, e ainda por cima um ATP 500. Foi uma grande vitória frente a Milos Raonic, outro dos novos valores dos circuitos que viu o seu serviço vulgarizado (o que é um feito); tanto um como outro podem nos próximos anos discutir Majors, espera-se.
Agora, tempo para falar no Nole que fez uma temporada asiática bastante boa e muito melhor do que a temporada passada - de facto, pior era quase impossível... Foram duas grande semanas, com vitórias na capital chinesa frente ao Jo-Wilfred Tsonga e hoje, num encontro épico, frente ao Andy Murray em Xangai.
Vi a final de Xangai desde o segundo set, pois nem sabia que começava tão cedo (9h40 portuguesas). O Murray adiantou-se a um break e serviu a 5-4 para vencer o encontro - e eu já a pensar, bem isto agora acaba e lá vou eu estudar Programação... Mas aí o Nole mostrou quem é o verdadeiro nº1 (acho mesmo isto) e salvou dois match-points para depois levar o encontro a tie-break! Aí, outra demonstração de garra e força do sérvio para vencer por 13-11 após salvar mais três (!) championship points; é incrível a maneira como o Djokovic joga em match-points contra.
O Murray anda em crescendo, melhorou imenso, mas ter perdido o segundo set afetou-o e não foi pouco. No terceiro set, com os dois já todos "rotos", o Nole quebrou no 7º jogo, confirmou e a 5-3 ainda desperdiçou dois match-points (bem salvos, diga-se de passagem) para depois vencer categoricamente por 5-7 7-6(11) 6-3. 13º Masters 1000, 33º título da carreira e 6º da temporada.
O melhor tenista do momento é, para mim, Novak Djokovic. É com todo o mérito que o Federer está na liderança mas julgo que é apenas uma questão de tempo até o Nole voltar à liderança - ele que lidera por mais de 1000 pontos na Race, aliás. Vamos ver agora como acaba a temporada; voltamos à Europa para jogar, entre outros, o Masters 1000 de Paris, e depois para Londres nas Finals. Federer defende os dois...
É tudo,
Pedro Mendes
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