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quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

A Lista de Schindler

A Lista de Schindler, um filme de 1993 - mais velho do que eu - realizado por Steven Spielberg, é um filme demasiado conhecido para eu estar a descrevê-lo. Não é que não tenha interesse mas de certeza que há montes de resumos do filme online, além de que honestamente não me apetece contar a história de um filme de mais de três horas.

Depois do exame de Programação I, aquela cadeira onde andei o semestre inteiro a ver passar e agora decidi aplicar-me e descobri que afinal até percebo disto, vim para casa pensar em talvez dormir e depois ficar no pc a ver um filme - e estudar à noite, coisa que duvido que ainda faça hoje pois estou com poucas horas de sono em cima mesmo. Por acaso vi escrito o nome deste filme e, como já tinha ouvido falar, fui vê-lo; três horas é imenso mas pensei, "ehh para ter 8,9 no Imdb é porque vale a pena".

Bem, chega de conversa de treta - que não é treta, é bastante interessante para a minha mãe por exemplo. Basicamente o filme conta a história de Oskar Schindler, um oficial alemão do Partido Nazi que inicialmente queria fazer dinheiro numa fábrica à custa do trabalho dos judeus que iriam, eventualmente, para campos de concentração. Eles acabariam por ser levados para esses campos, em Plaszow (Polónia), até que um dia os nazis decidem fechar o gueto judeu nessa cidade polaca e levar os que não conseguissem matar - infelizmente, é esta a expressão mais adequada - para um campo de trabalhos forçados.
Ao ver esta situação, Schindler entra em contacto com Amon Göth - um dos oficiais nazis mais desumanos que tomava conta do campo e que tinha como hobby apontar a judeus desde a sua janela e espetar-lhes uma bala na cabeça - e quando Hitler ordena que esses judeus sejam levados para Awschwitz Schindler interfere para que venham para a sua fábrica na sua Checoslováquia natal e assim salva a vida a cerca de 1100 almas.

Basicamente é esta a história, não vou entrar em mais detalhe pois fiz este post para focar mais o contexto histórico do filme do que o seu enredo - que no fundo é inspirado no Holocausto, mas não tem a mesma verosimilidade.
Não percebo qual a legitimidade dos nazis (não lhes chamo alemães, pois o povo não tem culpa) para acharem que podem exterminar a raça judia. Ao ver o filme pensava "mas porquê? O que é que os judeus têm a menos que estes filhos de uma senhora cuja atividade profissional é isenta de impostos? Porque razão não estão os nazis no lugar dos judeus?".
De facto é essa a questão. Penso que é impossível compreender a cabeça do Hitler, eu já tentei ler o Mein Kampf mas achei inútil e parei. Mas podemos compreender as ações dos seus subordinados; foram os subornos? Foram os altos cargos? O que os fez matar os judeus?
É que os cristãos falam muito nas guerras religiosas dos muçulmanos mas são iguais ou piores. Foi a Inquisição no século XVI e foi o Holocausto que considero ter sido uma guerra religiosa - numa certa perspetiva, claro - contra o povo judeu. Isto, claro, se o leitor não for uma daquelas pessoas acéfalas que nega o Holocausto...

Espero não ofender ninguém com este post, é só a minha opinião.
Cumprimentos,
Pedro Mendes

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