Acabou hoje a 101ª edição do Open da Austrália, o primeiro torneio do Grand Slam da temporada. Não tive muito tempo para acompanhar o torneio como gostaria devido aos exames, mas fui seguindo os resultados e os tenistas e penso que é altura para um balanço geral do Happy Slam.
No quadro feminino, houve uma "quase-confirmação" do potencial de algumas tenistas da nova geração, casos da britânica Laura Robson e da norte-americana Sloane Stephens. A primeira derrotou a antiga nº2 mundial Petra Kvitova num grande encontro de ténis, acabando por cair na ronda seguinte para Stephens - possivelmente a grande revelação em Melbourne; a norte-americana, já indicada pelos sensacionalistas norte-americanos como a sucessora de Serena Williams, derrotou nos quartos-de-final esta mesma Serena em três duras partidas e avançou para as meias-finais da competição onde só perdeu para a futura campeã Victoria Azarenka. Talvez seja um bocado cedo eleger Stephens como a nova Serena Williams, considerando a fasquia elevadíssima que Serena deixou (e ainda está a deixar); porém, a jovem tem muita garra e força de vontade e a sua vitória frente ao seu ídolo de infância nos quartos-de-final que vinha dominando o circuito a seu bel-prazer desde Wimbledon'2012 pode significar muita coisa...
Quanto à final em si, como já disse, foi ganha por Azarenka. Foi um encontro muito aberto, mas no final a vitória sorriu à bielorrussa que assim repete o triunfo de 2012 e se mantém no topo do ranking mundial.
Enquanto toda a gente já apostava numa reedição da final do ano passado, Maria Sharapova vs Victoria Azarenka, eu já estava a pensar que Li é que seria a adversária da Vika. A Masha chegou às meias-finais tendo cedido apenas 9 jogos (recorde!), significando isso que ainda não tinha sido testada... Contra uma Li Na motivada por ter vencido a Agnieszka Radwanska na ronda anterior e a jogar quase em casa, não deixou de ser surpreendente mas de certo modo também previsível que a chinesa chegasse à sua 2ª final em Melbourne em três anos. Já Azarenka tinha sido obrigada a 3 sets contra a norte-americana Jamie Hampton nas rondas iniciais e havia vencido Stephens na meia-final.
Não vi a final porque estava a dormir a essa hora, mas dos resumos que vi pareceu que a Vika ganhou com muito esforço, sim, mas também alguma sorte. Li venceu o primeiro set e no segundo parcial, mais equilibrado, caiu uma vez e voltou a cair de novo na derradeira partida; não tem necessariamente algo que ver mas ela já fez saber que se ficou a sentir mal e debilitada nessas quedas... Bem, no final o que importou foi o que o choro de Azarenka foi de alegria e não de tristeza, e mantemos a mesma número 1 mundial!
Já na competição masculina, houve lugar para grandes encontros de ténis. A começar na primeira ronda com um embate entre os jovens "aussies" James Duckworth e Benjamin Mitchell (entre muitos outros tambem à melhor de cinco sets), sendo que este Duckworth viria a jogar mais cinco sets na ronda seguinte contra o eslovaco Blaz Kavcic mas dessa feita iria perder. Encontros como Jeremy Chardy vs Juan Martin del Potro (palco da primeira grande surpresa do Open com a eliminação da Torre de Tandil), Gäel Monfils vs Gilles Simon (um dos muitos duelos entre franceses), Stanislas Wawrinka vs Novak Djokovic (possivelmente o encontro do torneio, onde Nole esteve a perder 1-6 2-5 para ainda dar a volta em cinco horas de jogo), Roger Federer vs Jo-Wilfried Tsonga (duelo dos quartos-de-final), a segunda meia-final entre Roger Federer e Andy Murray (onde Murray só conseguiu finalmente vencer o encontro no quinto set, pois sempre que vencia uma partida a seguinte era "resgatada" pelo suiço no tie-break)... Houveram muitos mais que agora não me lembro, mas estes que enunciei foram para mim os mais espetaculares.
A final já não foi assim tão espetacular, na minha opinião pessoal. Andy Murray e Novak Djokovic repetiam a final de 2011, e foi um encontro demasiado cirúrgico - pelo menos em comparação com a final do ano passado. Murray começou por vencer o primeiro set no tie-break, depois o segundo parcial caiu para Djokovic também num 13º jogo e a 4-3 da terceira partida acontece a primeira(!) quebra de serviço do encontro inteiro e o Nole encaminhou-se para um triunfo mais ou menos seguro em quatro sets, por 6-7 7-6 6-3 6-2. Com este triunfo, Novak Djokovic tornou-se no primeiro tenista na Era Open a vencer por três vezes consecutivas o Happy Slam.
Como disse, e bem, o Miguel Seabra no Eurosport, esta dictomia Djokovic-Murray nos grandes eventos - caso se confirme mesmo como uma dictomia, o que duvido pois Rafael Nadal está perto de voltar ao circuito e Roger Federer ainda lá está - tem potencial de não ser tão interessante como um encontro Nadal-Djokovic ou Nadal-Federer. O espanhol é um jogador único no circuito, e a oposição de estilos quando defronta qualquer outro membro do top-4 é um dos grandes fatores de interesse do circuito ATP atual. Claro que Djokovic e Murray são os dois grandes jogadores, mas têm estilos de jogos semelhantes e eventualmente o Nole irá dominar o Andy na maioria dos torneios; já frente a Nadal não é bem assim, pois são jogadores distintos - e a temporada de 2011 não se volta a repetir...
Quanto à final em si, como já disse, foi ganha por Azarenka. Foi um encontro muito aberto, mas no final a vitória sorriu à bielorrussa que assim repete o triunfo de 2012 e se mantém no topo do ranking mundial.
Enquanto toda a gente já apostava numa reedição da final do ano passado, Maria Sharapova vs Victoria Azarenka, eu já estava a pensar que Li é que seria a adversária da Vika. A Masha chegou às meias-finais tendo cedido apenas 9 jogos (recorde!), significando isso que ainda não tinha sido testada... Contra uma Li Na motivada por ter vencido a Agnieszka Radwanska na ronda anterior e a jogar quase em casa, não deixou de ser surpreendente mas de certo modo também previsível que a chinesa chegasse à sua 2ª final em Melbourne em três anos. Já Azarenka tinha sido obrigada a 3 sets contra a norte-americana Jamie Hampton nas rondas iniciais e havia vencido Stephens na meia-final.
Não vi a final porque estava a dormir a essa hora, mas dos resumos que vi pareceu que a Vika ganhou com muito esforço, sim, mas também alguma sorte. Li venceu o primeiro set e no segundo parcial, mais equilibrado, caiu uma vez e voltou a cair de novo na derradeira partida; não tem necessariamente algo que ver mas ela já fez saber que se ficou a sentir mal e debilitada nessas quedas... Bem, no final o que importou foi o que o choro de Azarenka foi de alegria e não de tristeza, e mantemos a mesma número 1 mundial!
Já na competição masculina, houve lugar para grandes encontros de ténis. A começar na primeira ronda com um embate entre os jovens "aussies" James Duckworth e Benjamin Mitchell (entre muitos outros tambem à melhor de cinco sets), sendo que este Duckworth viria a jogar mais cinco sets na ronda seguinte contra o eslovaco Blaz Kavcic mas dessa feita iria perder. Encontros como Jeremy Chardy vs Juan Martin del Potro (palco da primeira grande surpresa do Open com a eliminação da Torre de Tandil), Gäel Monfils vs Gilles Simon (um dos muitos duelos entre franceses), Stanislas Wawrinka vs Novak Djokovic (possivelmente o encontro do torneio, onde Nole esteve a perder 1-6 2-5 para ainda dar a volta em cinco horas de jogo), Roger Federer vs Jo-Wilfried Tsonga (duelo dos quartos-de-final), a segunda meia-final entre Roger Federer e Andy Murray (onde Murray só conseguiu finalmente vencer o encontro no quinto set, pois sempre que vencia uma partida a seguinte era "resgatada" pelo suiço no tie-break)... Houveram muitos mais que agora não me lembro, mas estes que enunciei foram para mim os mais espetaculares.
A final já não foi assim tão espetacular, na minha opinião pessoal. Andy Murray e Novak Djokovic repetiam a final de 2011, e foi um encontro demasiado cirúrgico - pelo menos em comparação com a final do ano passado. Murray começou por vencer o primeiro set no tie-break, depois o segundo parcial caiu para Djokovic também num 13º jogo e a 4-3 da terceira partida acontece a primeira(!) quebra de serviço do encontro inteiro e o Nole encaminhou-se para um triunfo mais ou menos seguro em quatro sets, por 6-7 7-6 6-3 6-2. Com este triunfo, Novak Djokovic tornou-se no primeiro tenista na Era Open a vencer por três vezes consecutivas o Happy Slam.
Como disse, e bem, o Miguel Seabra no Eurosport, esta dictomia Djokovic-Murray nos grandes eventos - caso se confirme mesmo como uma dictomia, o que duvido pois Rafael Nadal está perto de voltar ao circuito e Roger Federer ainda lá está - tem potencial de não ser tão interessante como um encontro Nadal-Djokovic ou Nadal-Federer. O espanhol é um jogador único no circuito, e a oposição de estilos quando defronta qualquer outro membro do top-4 é um dos grandes fatores de interesse do circuito ATP atual. Claro que Djokovic e Murray são os dois grandes jogadores, mas têm estilos de jogos semelhantes e eventualmente o Nole irá dominar o Andy na maioria dos torneios; já frente a Nadal não é bem assim, pois são jogadores distintos - e a temporada de 2011 não se volta a repetir...
E é esta a minha revisão final do Open da Austrália. Espero que tenham gostado e deixem o vosso feedback!
Cumprimentos
Pedro Mendes
Cumprimentos
Pedro Mendes
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