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segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Atualidade futebolística


Têm acontecido muitas coisas no "Planeta Futebol" nas últimas semanas, desde treinadores contratados a transferências de jogadores, passando pelo início da Taça das Nações Africanas durante este mês.

Começando pela contratação de Pep Guardiola pelo Bayern Munique: o presidente Karl-Heinz Rummeninge anunciou na semana passada que em Julho o antigo treinador do Barcelona tomaria conta da equipa, passando a ser o treinador mais bem pago do mundo.
Em primeiro lugar, penso que o timing não foi o mais adequado. O Bayern está neste momento envolvido em todas as competições, liderando o campeonato com uma vantagem confortável - mas ainda é matematicamente possível perdê-lo - e este anúncio pode eventualmente destabilizar a equipa devido ao mediatismo todo que havia em volta do novo clube de um dos melhores treinadores do século.
Esta destabilização começa logo a partir do atual treinador, o alemão Jupp Heynckes; não é muito cordial anunciar a sua saída no final da temporada em Janeiro, ainda para mais quando o próprio veio depois mostrar alguma insatisfação ao dizer que queria ter sido ele a fazer esse anúncio. O Heynckes (antigo internacional alemão) pode não ser o melhor treinador do mundo - no Benfica e no Real Madrid não fez nada de especial e na temporada passada ficou em 2º no campeonato e perdeu as finais da Liga dos Campeões e da Taça da Alemanha -, mas pelo menos nesta temporada está a fazer um bom trabalho e merecia mais consideração, penso eu.

Quanto à entrada de Guardiola em Munique, penso que tem potencial para ser uma boa escolha. Claro que haverá sempre quem diga que "ele só pode provar que é um grande treinador se treinar na melhor liga do mundo", mas isso é conversa da treta de quem só conhece o José Mourinho. Treinadores consagrados como Giovanni Trapattoni, Fabio Capello, Vicente del Bosque, Louis van Gaal e muitos mais nunca treinaram na Premiership - além de que isso é estar a denegrir a Bundesliga e o Bayern, um dos melhores clubes da história do futebol mundial. Penso que a estrutura do Bayern se adequa à metodologia de trabalho do Pep, assente no aproveitamento dos jovens da cantera e de jogadores nacionais, e com uma ou outra contratação o clube será um crónico candidato (desta vez, real) a vencer a Liga dos Campeões nos próximos anos.

Depois, vou ainda falar deste fenómeno que está a dar cabo do futebol: a saída dos jogadores para campeonatos menos reputados. Não, não estou a falar da saída de Alexandre Pato para o Corinthians - apesar de achar que não é um passo em frente na carreira, ele ainda é jovem e certamente voltará à Europa - mas sim, por exemplo, da ida do Ricardo Quaresma para o Al Ahli e da mais que provável saída do Pablo Aimar para o mesmo clube, além da contratação de Djibril Cissé por parte do Al-Garrafha...
Quanto ao El Mago, admito que nesta fase da carreira "merece" um grande contrato e já não nos faz a falta que fazia há uns anos... Agora o Quaresma vai estragar (ainda mais) a sua carreira, e a mesma coisa para o Cissé - que prometia imenso mas que desde que saiu do Liverpool nunca se fixou em nenhum clube como deve ser.
Além disto, há também a saída de Emiliano Insúa para o Grémio. É incrível como pensamos que o Sporting já fez tudo o que podia fazer de mal e depois eles mostram que ainda é possível fazer pior... Vender o lateral esquerdo titular, um dos melhores jogadores da equipa, por menos de 3 MILHÕES de euros para um clube brasileiro?! Parece estar tudo a querer sair de Alvalade, o que, falando sinceramente, é triste. Se calhar o próximo negócio iluminado será a venda de Rui Patrício por 5M para o Boca Juniores...

A CAN já aí está. Normalmente realiza-se de dois em dois anos - eles nunca se entenderam sobre a organização do evento muito bem, para dizer a verdade -, mas este ano há outra edição para se passar a disputar em anos ímpares e assim evitar ser realizada em ano de Mundial.
Os principais candidatos serão o Gana e a Costa do Marfim, penso eu. O Egipto voltou a ficar de fora, após terem sido tri-campeões, e os Camarões também foram eliminados. A Costa do Marfim é sempre candidata, para dizer a verdade, mas nunca ganha porque as suas vedetas preocupam-se mais com o seu ego do que com o jogo em equipa; daí as últimas quatro edições terem sido ganhas pelo Egipto (3x) e depois pela Zâmbia no ano passado... frente aos costa-marfinenses.
No fundo, o que importa na CAN nem é tanto o vencedor mas o ambiente. Os africanos são únicos num estádio de futebol, levam uma alegria incomparável mesmo estando o seu país em guerra (em muitos casos) ou mesmo sabendo que a sua seleção não joga muito. O futebol é uma das poucas coisas que une África.

Cumprimentos,
Pedro Mendes

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