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segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Australian Open - finais masculinas e femininas

E finalmente volto a postar! Gostaria de ter ido escrevendo mais durante o Open da Austrália, mas devido a problemas que tive com a publicação das mensagens - hoje resolvidos com a ajuda de um amigo meu a quem agradeço - não o pude fazer. Agora que acabou a competição, vou falar sobre o que aconteceu e, como é hábito, dar a minha opinião - sei que o leitor está mais interessado nos meus pontos de vista.

Começando pela competição feminina, foi pouco mais que um passeio para a vencedora (e agora líder do ranking WTA), a bielorrussa Victoria Azarenka. Pessoalmente nunca pensei que ela tivesse grandes hipóteses de ganhar; com as antigas vencedoras Kim Clijsters, Maria Sharapova e Serena Williams em competição, entre outras grandes tenistas, a Vika não era das minhas cinco favoritas. Porém, enganei-me e fiquei de facto feliz com a vitória da bielorussa; penso que, se ganhar consistência - especialmente ao nível físico - pode ser uma número 1 mundial que vença muitos Majors e que mostre domine o circuito por muito tempo. Afinal ela só tem 22 anos!
Também gostei da Maria Sharapova; em 7 meses, a regressada russa chegou à final de dois eventos do Grand Slam - só falhando em Flushing Meadows. Não venceu nenhum, mas deixou boas indicações de que está de volta à sua forma que a levou ao topo do ranking... e a Sharapova ainda só tem 24 anos. Por acaso tive de pena de não ter visto a final, mas depois vi o resumo e não me pareceu que tivesse perdido grande coisa; 6-3 6-0 são parciais de jogo só com um sentido.

Depois, a Caroline Wozniacki e a Petra Kvitova foram desilusões. Depois de mais um ano a liderar o ranking, tendo disputado 5 Slams como primeira cabeça-de-série, a Wozniacki nunca chegou sequer à final! Acaba assim o "reinado" da dinamarquesa no topo do circutio WTA - e duvido muito que volte à liderança, apesar de ter notado melhorias, agora em Melbourne, no seu jogo.
Quanto à Petra Kvitova, chegar às meias-finais foi bastante bom para uma tenista que há um ano estava às portas de saída do top-40; porém, para uma nº2 mundial que se previa ser a próxima nº1 foi uma prestação desapontante - mais para ela, claro. Eu nunca fui grande fã dela, apesar de no final da temporada passada ela ter jogado bastante bem na Fed Cup e no Masters. Vamos ver se ainda chega ao topo, tem mais que tempo.

Passando agora à competição masculina, ganhou o grande Novak Djokovic!!! Não vi a final desde o início - perdi os primeiros 53min, só vi 5 horas de jogo então - mas do que vi foi provavelmente o melhor encontro de ténis a que alguma vez assisti. Naquela que foi a final mais longa de sempre em torneios do Grand Slam, Novak Djokovic repetiu o triunfo de 2011 no mesmo palco (e as vitórias em Wimbledon e US Open frente ao mesmo jogador) e venceu o seu terceiro Australian Open, derrotando na final o espanhol Rafael Nadal por 5-7 6-4 6-2 6-7(5) 7-5.
Foi de facto um encontro incrível! O Nadal entrou melhor mas depois houve uma reacção "à Benfica" por parte do Nole, que venceu categoricamente os dois sets seguintes. No quarto parcial, o sérvio estava a jogar bastante melhor mas depois desceu um pouco o rendimento; penso que a chave foi no 4-4, quando o Djokovic teve 3 pontos de break e o Nadal anulou-os ganhando 5 pontos seguidos, levando o estádio ao rubro. Esse set foi a tie-break, e aí o Djokovic ainda esteve a vencer por 5-2 mas depois acabou por perder (outra vez) cinco pontos seguidos e a final foi para um merecidíssimo 5º set.
Sinceramente pensei que o Djokovic já não aguentasse o quinto set, e então quando este 2-4 com um break abaixo... Porém, apesar de estar todo roto, o Nole fez mesmo uma grande reviravolta e só perdeu mais um jogo, ganhando por 7-5 esse set! 5º Slam da carreira, o quarto nos últimos 5 Majors.
No final, foi engraçado ver os chatos da organização e dos patrocínios a discursarem e os dois tenistas, todos rotos, em pé a ouvir - até lhes levarem duas cadeiras. Nos discursos, foi bom ver esses dois exemplos de dedicação e humildade a reconhecerem qualidades aos outros.
Agora, é para ganhar em Roland Garros! Vai ser complicado (e até lá o Nole tem quatro Masters 1000 para defender), mas penso que se ele estiver confiante e em forma pode mesmo derrotar o Nadal em terra batida.

Vou só falar brevemente do Roger Federer e do Andy Murray. Quanto ao primeiro, pensei que fosse manter a forma de final de ano - não perdia desde a meia-final do US Open - e chegar, pelo menos, à final; pelos vistos, e com pena minha, penso que os Grand Slams já não são para ele. O Murray, apesar de não repetido a final dos dois últimos anos, fez um grande jogo contra o Djokovic (o Nole jogou 10 sets em menos de três dias) e mostrou que está bastante melhor... a concorrência continua forte, mas será este ano que ele ganha um Major?

É tudo, mais uma vez. Cumprimentos,
Pedro Mendes


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