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domingo, 4 de novembro de 2012

BNP Paribas Masters - último Masters 1000 da temporada

Esta semana teve lugar em Paris o BNP Paribas Masters, nono torneio da temporada da categoria Masters 1000 e também o último evento ATP antes das ATP World Tour Finals de Londres.

Foi, de certo modo, um torneio atípico. Rafael Nadal já se sabia que não ia estar ainda a postos para voltar aos courts, enquanto o campeão em título Roger Federer anunciou logo após perder a final de Basileia que também não ia marcar presença na Cidade das Luzes.
Depois, começou o torneio. Na segunda ronda (teve Bye na primeira), Novak Djokovic é logo eliminado após um (também atípico) encontro contra o norte-americano Sam Querrey; o sérvio venceu os primeiros oito (!) jogos do encontro para depois acabar por perder 0-6 7-6 6-4. Andy Murray também não fez muito melhor, já que caiu ao seu segundo encontro (3ª ronda) contra o qualifier Jerzy Janowicz após ter desperdiçado match-points! Pela terceira semana consecutiva, o escocês fá-lo (quem se lembra da épica final de Xangai?)... Nota-se uma necessidade de descanso, mental principalmente, para o nº3 mundial.

E com isto tudo, consegui introduzir o Jerzy Janowicz no post (se bem que eu introduzo quem bem me apetece, mas esta continuidade temática até que acho que correu bem... ou então sou só eu a divagar). Sim, ele de facto era um qualifier classificado no 69º lugar do ranking - número curioso. Porém, isso não o impediu de derrotar dois top10 (além do Murray, também Janko Tipsarevic sucumbiu ao serviço poderoso e aos amorties clínicos deste polaco de 21 anos) e ainda o tenista da casa Gilles Simon no encontro de acesso à final - também ele um antigo top-10, atualmente no top20. Este Janowicz tem muito jogo, se continuar nesta forma em 2013 será um nome a ter em conta no circuito... faz-me lembra de certa maneira o John Isner e o Tomas Berdych.

Depois, finalmente, na final, o adversário do JJ (não é o Jorge Jesus, esse não joga "ténes") era o nº5 mundial David Ferrer que passou a semana discretamente, vencendo os seus jogos e cumprindo a sua parte num quadro relativamente fácil após a desistência de Roger Federer. Chegados à final de hoje, o polaco ainda teve as suas hipóteses: ponto de break no oitavo jogo do primeiro set (antes de acabar quebrado no jogo seguinte) e dois jogos no segundo set que duraram ambos 10 minutos e que caíram para o lado do espanhol - sendo que um desses jogos era aquele em que Janowicz "devia" ter confirmado o break alcançado anteriormente. Como se pode ver, não passaram de oportunidades falhadas e foi mesmo David Ferrer o vencedor do BNP Paribas Masters, triunfando por 6-4 6-3.

Já se sabia de antemão que o vencedor seria um estreante em torneios desta categoria, e esse estatuto acabou por (finalmente) cair para o lado de David Ferrer. Aos 30 anos, o espanhol vence finalmente um evento Masters 1000 após três finais perdidas (Roma 2010, Monte Carlo 2011 e Xangai 2011). Título merecidíssimo para um jogador que é normalmente subvalorizado na sua carreira; como todos os espanhóis, é um tenista especialmente bom em terra batida (com a variante de ter cabeça e não ser um poço de inconstância como Feliciano Lopéz ou Fernando Verdasco, além de ser destro), talvez mesmo o segundo melhor do mundo, mas como está na geração de Rafael Nadal "leva sempre na boca" quando joga contra este em finais de terra batida. Desta vez não, e curiosamente até nem foi em terra batida que o valenciano venceu o seu primeiro Masters 1000... Grande temporada para Ferrer, com 7 títulos em três superfícies diferentes (o tenista com mais títulos da época).

E bem, com isto tudo, começa o Masters de Londres amanhã e o Nole regressa, também, à liderança amanhã. Espero que ele esteja preparado para ganhar este ano após a fraca prestação do ano passado, em que chegou perto da exaustão total à capital inglesa... Já agora, votem na sondagem!

Cumprimentos,
Pedro Mendes

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