E chegámos hoje ao final da temporada ATP, com a final das ATP World Tour Finals em Londres. Falta ainda a final da Davis Cup entre a República Checa e a Espanha para terminar definitivamente este ano tenístico de 2012.
O encontro começou com Roger Federer a entrar muito forte e a adiantar-se rapidamente para 3-0 com um break de vantagem (só vi a partir do 2-0 visto ter saído mais tarde da frequência de Cálculo, mas pelo que vi e ouvi julgo que foi isto que aconteceu). A reação do líder do ranking mundial não se fez esperar e Nole recuperou logo de seguida o break para igual a 3-3.
O set manteve-se equilibrado por mais dois jogos, até que Nole volta a quebrar para 5-4 com um Federer mais errático nesta fase. Seguidamente, o sérvio serviu para fechar o set cheio de confiança mas o campeoníssimo suiço mostrou que não iria ser assim tão "fácil" e salvou um set-point para levar o encontro a um tie-break - Federer ainda esteve a dois pontos da vitória no 6-5, mas Djokovic conseguiu levar a partida a um desempate após ter sido assistido medicamente fruto de um "voo" mal sucedido.
No tie-break, outra vez muito suspense e pressão até que, ao terceiro set-point, Nole cerra o punho e adianta-se a 7-6(6).
Esperava-se um número um mundial mais forte no início do segundo set, mas Roger Federer "ainda mexia" e voltou a quebrar para começar o parcial. Com mais ou menos dificuldade, Djokovic foi confirmando o resto dos seus jogos de serviço sem nunca ameaçar verdadeiramente o contra-break e eis que Federer serve a 5-4 para levar o encontro à "negra". Aí, Nole consegue finalmente o break na reta final e, cheio de confiança, embala para três jogos consecutivos e ao primeiro championship-point é mesmo o sérvio o vencedor das Barclays ATP World Tour Finals 2012!
É um grande final de ano para o Nole, que após uma temporada de terra batida e relva sem qualquer título venceu em Cincinatti, Tóquio e Pequim antes de ser coroado Tenista do Ano na capital inglesa. Não foi um ano tão bom como 2011 - ele próprio admitiu que seria muito difícil fazê-lo, e de facto foi - mas foi outra temporada bastante positiva com a estreia na final de Roland Garros e a renovação do título do Open da Austrália e mesmo agora este triunfo em Londres. O posto de líder do ranking nem sempre foi uma realidade mas Novak Djokovic é merecidamente o melhor tenista deste ano.
Quanto a Roger Federer, o suiço mostrou aos seus críticos (entre eles eu, que apesar de ser fã há muito tempo do recordista de vitórias em Grand Slams nunca pensei que ele voltasse ao seu nível de anos anteriores) que ainda é um nome a temer em todo e qualquer torneio. Com o seu sétimo título em Wimbledon e a marca das 300 semanas na liderança do ranking alcançada, Federer bateu dois recordes que há muito ambicionava e provou que ainda está aí para lutar taco-a-taco com os melhores.
Pedro Mendes
Sem comentários:
Enviar um comentário